Carmesim | Hora do Cappuccino #22


Carmesim


Eu corri por um campo lindo de damas-da-noite,

Encontrei a mais bela e branca dentre todas flores.
Sentia seu perfume, a noite com a lua em forma de foice,
Me sentia como uma garota pequenina em uma loja de doces.

O céu era escuro, preto como o vácuo nos meus olhos,
E eu andava pela trilha com paredes brancas e perfumadas.
Havia flores diferentes, umas eram como cabelos ruivos e loiros,
Era a terra de minha mãe, a criadora de todas as coisas.

Eu a sentia me olhando e seguindo os meus passos,
Borboletas saíam das folhas e vinham fazer-me cócegas.
O vento soprava em meu rosto como uma mão segurando os laços,
Que impedia que meus cabelos rubros voassem como fumaça.

A noite foi sumindo, a deusa se despedia de mim,
Eu sorri e agradeci pelo amor a mim, uma simples carmesim.
Pude ver seu sorriso belo, sua aura brilhante, linda como um jasmim,
Olhei para cima e a vi indo embora, mas ainda sabia que não era o fim.

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