Mundo das Artes

 


 Mundo das Artes é um RPG de mesa criado por Matheus Gouvêa. Inspirado em diversos títulos considerados expoentes da cultura pop e nerd, Raken Oni possibilita narrativas de diversas variações espaço-temporais, podendo se passar nas terras medievais de Abyta, no mundo moderno da Terra, em planos empíreos ou infernais, em planetas distantes e mais evoluídos tecnologicamente, entre muitos outros.
 Mundo das Artes possui disponível o Livro do Jogador, o Livro do Mestre, as Apostilas das Artes, o Bestiário de Pangeia, o Eminário de Pangeia, a saga Os Originais, o Cibernário de Pangeia, o Divinário Pangeia. o Mundo das Artes e o Saltério dos Insignes.
 O livro ainda está sendo escrito já que a todo momento uma nova ideia é adicionada para melhorar a lore e aprimorar a jogabilidade. Logo mais irei atualizá-los melhor sobre o andamento do livro, até lá, podem conhecer a história da criação do Mundo das Artes logo abaixo.

A Criação do Mundo das Artes

 Tudo começou com a solidão e um anseio por encontrar um refúgio para chamar de meu. Com meus 10 anos, após aprender a mexer no computador do meu pai com a ajuda do meu irmão mais velho, passei a virar horas jogando em sites como Club Penguin, Click Jogos, Baixaki e Mundo Emu. Isso me levou à descoberta dos incríveis universos dos MMORPGs.
 No entanto, os RPGs que desencadearam a faísca que se tornou hoje o Mundo das Artes veio de um mundo virtual chamado Habbo. Neste jogo, descobri os chamados “mini-jogos”, e dentre eles haviamos RPGs de turno. Foi em um desses RPGs que eu criei meu primeiro personagem virtual: Mizutsuchi (“água e fogo”, em japonês).
 Este nome veio por conta de um imenso carinho que nutria pelas mitologias, principalmente a japonesa. Isso se deu, pois minha mãe era uma grande apreciadora das artes ocultas, e possuía livros que falavam sobre estes assuntos. Livros que eu “acidentalmente” encontrei enquanto fuçava debaixo das roupas da última gaveta do armário dela quando era apenas um menininho. Foi assim que eu entrei em contato com o mundo místico pela primeira vez, através dos livros da bruxa wiccana brasileira Eddie Van Feu.
 Conforme o tempo passava, fui me viciando cada vez mais nas tramas, nos vários sites criados para esses RPGs e nas várias regras e sistemas que os usuários inventavam. Me apeguei ao estilo de jogo em turnos e às ações em texto. Era uma época em que minha vida girava em torno de lutar contra outros usuários, subir de nível e desbloquear novos poderes e habilidades. Porém, com o decaimento da qualidade do Habbo, por conta de várias e desnecessárias mudanças no jogo, acabei abandonando esse mundo, sobrando apenas as boas lembranças daquele tempo.
 Sem o bom e velho Habbo, passei a me aprofundar no universo do meu MMORPG favorito: Runescape. Neste mundo, criei vários personagens, me aventurei pelos vários reinos e cidadelas, entrei em guildas onde me sentia parte de algo muito maior que eu mesmo.
 Tudo ia bem, até que eu vi a morte pela primeira vez. Com a morte do meu pai (lá pros meus 10 anos de idade), muita coisa mudou, e eu acabei mudando junto. Já não tinha mais as idas ao parquinho, onde ele sempre aproveitava para comprar pão integral e queijo de cabra na feira orgânica ao lado. Já não tinha mais idas ao Restaurante da Associação Macrobiótica do Rio de Janeiro, onde meu pai me ensinou a comer arroz integral do jeito certo, a beber chá quente sem açúcar e a comer pólen apícola que se liquidificava ao tocar o céu da boca. Foi a primeira de muitas perdas, e eu fui me perdendo também. Me afundei em mundos virtuais cada vez mais, já que quando alguém morria, nunca era para sempre.
 Com meus 12 anos, retornei às anotações que fiz sobre meu antigo personagem Mizutsuchi, cujo primeiro nome era Akiro. Esse nome fez parte da minha vida desde então, tornando-se meu nickname em jogos virtuais e até mesmo o nome do meu primeiro gato de estimação. Com o tempo, Akiro se tornou apenas um apelido, e deu lugar ao nome Akihiroko.
 Por conta dos livros de ocultismo da minha mãe, passei a me interessar pelos elementos e os elementais. Esse momento foi crucial para a evolução de Akiro como personagem, já que eu o presenteei com o poder do elementalismo, que futuramente foi sobreposto pelo termo mais polido de Controle Tato-Mimético: a capacidade mística de manipular tudo aquilo que entrasse em contato com seu corpo.
 Porém, muitas coisas mudaram, e eu já não estava mais no Jardim de Infância, mas sim no ensino fundamental. Tinha que fazer amizades novas sempre, pois constantemente mudava de cidade e escola. Mesmo fazendo amizade com tantas pessoas, nenhuma era eterna, e com o tempo todas passaram a seguir seus caminhos.
 Em uma tarde (lá pros meus 14 pra 15 anos de idade), no intervalo das aulas, aquela antiga solidão voltara ao meu encontro, e eu me senti vazio. Até que, em meus pensamentos, me vi conversando com uma voz. Era uma voz feminina e familiar pra mim, eu sabia que era como eu, então utilizei minha imaginação e dei um corpo àquela voz. Era tão bonita, e tinha que ter um nome, então a nomeei Katharina Mind.
 Com o tempo, passei a escrever sobre a “Arin” (como a apelidei) em uma plataforma virtual para escritores amadores chamada Wattpad, onde Arin se aventurava ao lado de mais três vozes: Alma Spirit, Robert Imagine e Dário Diaries. Minha mente, meu espírito, minha imaginação e meus segredos. Meus quatro melhores amigos, que levo até hoje (com meus 22 anos de idade), e que me ajudaram a dar vida ao mundo que você conhecerá agora. Estas quatro vozes são os pilares do Mundo das Artes. Esse não é apenas um mundo, é o meu mundo, o meu refúgio, com partes de quem eu fui e de quem eu sou hoje.
 Da solidão, surgiu um paracosmo que eu jamais havia encontrado em livros, filmes, séries ou jogos, pois unia tudo aquilo que eu mais amava nos vários títulos de ficção científica, fantasia, terror e romance. Havia poderes, monstros, humanos, alienígenas, magia, divindades, dimensões paralelas, multiversos, violência, fantasmas, poesia, música, suspense e tudo que eu sempre quis ver em um livro. Foi aí que eu entendi que:

“Se você nunca encontrou um livro com todos os elementos, tramas,
personagens e ideias que sempre desejou ver em uma obra literária,
é porque você é quem tem que escrever esse livro.” - Delartiel

Postar um comentário

0 Comentários