Hoje, estou aqui para apresentar a nova série aqui do blog, Encontro Com a Química. Essa série vai trazer um estudo super aprofundado sobre diversos temas da química. Trouxe essa série para o blog por dois motivos: Pelo meu amor à matéria e a curiosidade para saber o que são os componentes que vemos sempre nas contracapas dos produtos que consumimos. Então, espero que gostem muito desta série, espero um feedback gratificante e torço muito para que todos gostem!
Agora, vamos ao assunto, que é sobre os Salicilatos.
Hoje eu acordei para atender o interfone aqui de casa e acabei dando um jeito no pescoço, causando, posteriormente, um torcicolo horrível. Quando eu havia acordado com o barulho do interfone, eu virei o pescoço e senti como se algo tivesse saído do lugar, rompido ou algo do tipo. Fiquei um pouco preocupado depois de uns minutos quando comecei a sentir dor ao tentar virar o pescoço de um lado pro outro.

A imagem acima mostra a embalagem de um produto que minha mãe comprou pra mim, o emplastro medicinal. O emplastro Salonpas é um adesivo medicinal anti-inflamatório e analgésico que deve ser colado na pele para tratar dores numa pequena região alcançando um rápido alívio. O Emplastro Salonpas está indicado para o alívio de dores e inflamações associadas à fadiga muscular, dores musculares e lombares, rigidez nos ombros, contusões, pancadas, torções, artrites, torcicolos, nevralgia e dores reumáticas. O emplastro Salonpas está contraindicado para crianças 2 anos e para pacientes que apresentaram reação alérgica ao ácido acetilsalicílico, outros anti-inflamatórios ou que tenham hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Salicilatos são um grupo de fármacos que atuam devido ao seu conteúdo de ácido salicílico, comumente utilizados na inflamação, antipirese, analgesia e artrite reumatóide. São ésteres dos ácidos salicílicos ou os ésteres salicilatos de um ácido orgânico. Alguns apresentam atividades analgésica, antipirética e anti-inflamatória por inibir a síntese de prostaglandinas. Situam-se entre as drogas mais antigas conhecidas. Os médicos da antiguidade utilizavam preparações de casca de salgueiro e álamo, que contêm salicina no tratamento de sepse, dor, gota e febre. Em 1838, o princípio ativo dessas preparações foi identificado como ácido salicílico. Tal ácido foi sintetizado em 1860, e o sal de sódio foi introduzido na medicina em 1875. Outros estudos culminaram na preparação e introdução da aspirina (ácido acetilsalicílico), em 1899, por Dreser da Companhia Bayer da Alemanha. A popularidade da aspirina foi imediata, e ainda hoje continua sendo uma das drogas mais largamente utilizadas no mundo inteiro.
O Salicilato de metila, também conhecido como éster metílico do ácido salicílico, ou óleo de gaultéria, óleo de bétula, metil-2-hidroxibenzoato, é um produto natural de muitas espécies de plantas. Algumas destas plantas que o produzem são chamadas gaultérias ou bétulas, vindo daí seus nomes comuns. É produzido, também, sinteticamente, por esterificação, pela reação do ácido salicílico com o metanol. É um composto com relativa toxicidade, sendo inclusive letal por ingestão e absorção pela pele em doses elevadas.
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Methyl salicylate. Fórmula: C8H8O3 |
Tem ação repelente sobre insetos e carrapatos. Usado em perfumaria, sabor de doces e medicamentos. Em medicamentos é usado por via tópica em casos de dores articulares e musculares.
Usado para atrair abelhas da tribo Euglossine em trabalhos científicos. Ainda sobre suas aplicações, convém gizar que a propriedade analgésica desta substância vem sendo amplamente explorada pela indústria farmacêutica há anos. O famoso GELOL, por exemplo, indicado para o tratamento local de manifestações reumáticas, torcicolos, bursites, artrite, lumbago e torceduras, contém níveis seguros de salicilato de metila na sua composição. No entanto, algumas pessoas são sensíveis a este componente e por isso devem administrá-lo com cautela ou evitá-lo. Afinal, o seu uso em excesso – seja por ingestão, uso tópico ou inalação – pode causar tonturas, náuseas, letargia ou mesmo a morte em situações mais graves (raras). Para melhor esclarecer esta questão, eis um comparativo: na sua forma pura, uma colher de chá de salicilato de metila contém 7g de salicilato, que corresponde a 23 comprimidos de 300mg de aspirina. Ou seja, uma dose letal para um adulto de 70kg.
Algumas plantas são capazes de lançar no ar apreciáveis quantidades de salicilato de metila quando são ameaçadas por estiagem, mudanças drásticas de temperatura ou pragas de insetos. O objetivo, segundo os pesquisadores, é se defender e “sinalizar” o perigo umas para as outras.Hoje, grande parte do salicilato de metila disponível no mercado é obtido por síntese.
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