Varuna

Varuna é o deus indo ariano da ordem cósmica. É a maior divindade do antigo panteão indo ária. Apesar de ser o responsável pela ordem do universo, Varuna não criou o mesmo. Não existia um deus criador na religião ariana e podemos encontrar ecos desse fato nas religiões grega e indiana, entre outras, nas quais não existe exatamente um deus que tenha engendrado o mundo. Varuna é chamado de Passabrit "senhor do nó corrediço", esse epíteto revela uma das mais relevantes características do deus. Os nós simbolizam a capacidade de prender ou libertar, de dar vida ou de tirá-la. Laços e nós, segundo o pensamento antigo podem dar vida coisas inanimadas por meio de magia. Assim, Varuna é um deus ferreiro e mago. O que em parte o relaciona profundamente com o Hefesto dos gregos e Vulcano dos romanos, ambos deuses ferreiros e magos. Com os laços e nós Varuna prendia e castigava os homens ímpios. Mas o deus também era célebre por sua delicadeza e polidez, estando pronto a perdoar os arrependidos; inclusive os inimigos declarados. Varuna era um deus arquiteto e ferreiro, devido a isso possuía um conhecimento infinito. Organizou os ciclos do Sol, colocou cada rio em seu caminho, ordenou as fases da Lua, estruturou o relevo da Terra e se encarregou de nunca deixar o oceano cheio demais. Por tudo isso ele tornou-se o rei dos deuses e assim pôde dominar também sobre o destino dos homens; sustentando a vida e a protegendo do mal. Porém um grande monstro desafiou os deuses e também à Varuna. E uma profecia revelou que Varuna não poderia vencê-lo. O único capaz de vencer o monstro seria Indra, que ainda nasceria, e após vencer, tomaria o lugar de Varuna. Varuna tentou impedir o nascimento de Indra, mas foi impossível, o jovem deus nasceu e tendo poder sobre os raios e tempestades venceu o monstro e se tornou o novo rei dos deuses. Varuna então se tornou o rei dos oceanos e senhor da Noite, dividindo o céu com Surya, o deus do Dia. Varuna é um termo sânscrito, referente a uma divindade védica; Senhor da Consciência Vasta, representando a pureza etérea e a amplidão oceãnica da Verdade infinita; destrói tudo o que interfere adversamente no crescimento da Consciência -Verdade, na mente do homem.
Ptah

Ptah, na mitologia egípcia, é o deus dos artesãos e arquitetos. Na tríade de Mênfis é o marido de Sekhmet e por vezes de Bastet e seus filhos são: Nefertem, Mihos, Imhotep e Maahes. Também foi considerado como o pai do sábio Imhotep. Os gregos conheciam-no como o deus Hefesto (deus do fogo), e desta forma o historiador egípcio Manetão fez dele o primeiro rei do Egito. Ao contrário de Seker, outro deus construtor, Ptá está associado às obras em pedra. É um construtor e Ápis era seu oráculo. Mais tarde, foi combinado com Seker e Osíris para criar Ptá-Socaris-Osíris. Nas artes, é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro enfeitado com ankh, was e djed (símbolos da vida, força e estabilidade, respectivamente).
Xocotl
É o deus asteca do planeta Vênus e do fogo. Ele provavelmente está relacionado com Xolotl, o deus do raio e da morte.
Huracán

É um dos três principais deuses da mitologia maia, deus dos ventos, das tempestades e do fogo que depois se incumbia da perene construção e destruição na natureza. Temido, era chamado o de uma só perna por vezes representado como uma serpente. A ele se atribuiu uma grande inundação depois que os homens se rebelaram contra os deuses, e após fazer cessar as chuvas torrenciais que provocara, evocou repetidamente terra, terra até que a terra emergiu dos oceanos.
Tezcatlipoca

Tezcatlipoca é um dos três grandes deuses da mitologia asteca. É o deus do céu noturno, da lua e das estrelas, senhor do fogo e da morte. Uma das figuras mais temidas do panteão asteca, criador do mundo, vigilante das consciências. Às vezes é representado como um jaguar e carrega no peito um espelho através do qual podia ver toda a humanidade. É conhecido como "O Senhor do Espelho Fumegante". Com a junção dos dois termos, teríamos a tradução mais usual: espelho fumegante. Muitos estudiosos afirmam que a palavra tletl (luz) estaria localizada entre os dois termos anteriores, formando espelho de luz fumegante, mas essa hipótese não é confirmada. Alguns especialistas de Tlaxcala apontam para a palavra Pucah, do idioma Otomi, que significa negro, mas a junção de dois idiomas, com o objetivo de compreender a etimologia do nome de um deus, é muito contestada. Segundo uma lenda mexica, relatada pelo frei Andrés de Olmos, à pedido do Sol, os deuses se auto-sacrificaram no processo de criação do universo. Isso aconteceu em Teotihuacan e provocou um grande desespero nos seres humanos, que passaram a vagar à procura de seus deuses, chorando e rogando. Num determinado momento, Tezcatlipoca os encontrou e se compadeceu, orientando-os para que preparassem uma festa, com muita música e preces em sua honra. Finalmente, os deuses voltaram a se comunicar com seus filhos humanos e desde então, as preces e a música se tornaram elementos fundamentais nos cultos da região. Desta forma, Tezcatlipoca é encarado como o deus responsável pela introdução desses elementos, além dos sacrifícios, na religião asteca.
Hécate

Hécate é uma deusa, naturalizada na Grécia micénica ou na Trácia, mas oriunda das cidades cárias de Anatólia, região onde se atestam a maioria dos seus nomes teofóricos, como Hecateu e Hecatomno, e onde Hécate era vista como Grande Deusa em períodos históricos, no seu inigualável lugar de culto em Lagina. Deusa das terras selvagens e dos partos, era geralmente representada segurando duas tochas ou uma chave, e em períodos posteriores na sua forma tripla. Estava associada a encruzilhadas, entradas, fogo, luz, a lua, magia, bruxaria, o conhecimento de ervas e plantas venenosas, fantasmas, necromancia e feitiçaria. Ela reinara sobre a terra, mar e céu, bem como possuía um papel universal de Salvadora, Mãe dos Anjos e a Alma do Mundo Cósmico. Ela era uma das principais deidades adoradas nos lares atenienses como deusa protetora e como a que conferia prosperidade e bênçãos diárias à família. Hécate pode ter origem entre os Carianos na Anatólia, onde variações do seu nome são usadas para dar nome a crianças.
William Berg observa,
"Como as crianças não recebem nomes de espectros, é seguro assumir que os nomes carianos envolvendo Hécate referem-se a uma deidade principal livre da escuridão e de ligações com o submundo e bruxaria associadas à Hécate da Atenas clássica."Ela também parece associada à deusa romana Trivia, com a qual foi identificada em Roma.
Montu

Montu é um deus da antiga religião egípcia oriundo do nomo tebano e associado à guerra. Era representado como um homem com uma cabeça de falcão, tendo na cabeça duas plumas altas e um disco solar com uraeus(serpente) duplo. Nas suas mãos poderia segurar vários objectos, como um machado, setas e arcos. Poderia também ser representado como quatro cabeças que vigiam os pontos cardeais. Na Época Baixa foi representado com a cabeça de um boi. De início Montu era um deus solar, associado a Ré (Montu-Ré), sendo considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. Foi no tempo da XI dinastia que Montu adquiriu características associadas à vitória e à guerra. Era conhecido como o "senhor de Tebas", situando-se o seu principal centro de culto em Hermontis. Outras cidades associadas ao deus eram Medamud e Tod. Em Medamud existia um santuário mandado edificar por Sesóstris III, ampliado durante a época do Império Novo e posteriormente na Época greco-romana. Em Karnak existia igualmente um templo dedicado a Montu, que possuía um lago sagrado. Vários reis da XI dinastia tinham como nome de nascimento Mentuhotep ("Montu está satisfeito"), o que representava uma referência a esta divindade e atestando a sua importância durante este período. Montu é referido nas Aventuras de Sinué, uma obra da literatura do Antigo Egipto, cuja acção se desenrola no tempo da XII dinastia. O seu protagonista, o fugitivo Sinué, realiza um acto de louvor a Montu, depois de derrotar um inimigo de origem síria. Por causa do seu carácter guerreiro, Montu foi identificado pelos Gregos como o deus Ares (Pois ser seu equivalente na guerra).
Kagutsuchi

Kagutsuchi é o kami do fogo na mitologia japonesa. O nascimento de Kagutsuchi queimou sua mãe Izanami, causando sua morte. Seu pai, Izanagi, em sua dor, decapitou Kagutsuchi com sua espada, Ame no Ohabari, e cortou seu corpo em oito pedaços, que se tornaram oito vulcões. O sangue que pingou da espada de Izanagi criou várias divindades, incluindo o deus do mar Watatsumi e o deus da chuva Kuraokami. O nascimento de Kagutsuchi, na mitologia japonesa, vem no final da criação do mundo e marca o início da morte. No Engishiki, uma fonte que contém o mito, Izanami, em sua agonia, carrega o deus da água Mizuhame, instruindo-a a pacificar Kagutsuchi se ele se tornar violento. Esta história também contém referências a ferramentas tradicionais de combate a incêndios: cabaças para transportar água e barro molhado e palhetas de água para sufocar incêndios. Kagutsuchi era a divindade patronal dos ferreiros e dos trabalhadores de cerâmica.
Noto
Esse era um dos quatro ventos da mitologia grega conhecido como vento quente, úmido e formador de nuvens e também o vento que trazia a chuva e a névoa. Por ser conhecido como um vento quente ele é comumente associado ao verão. De acordo com Hesíodo, Eos, a deusa da manhã, teve três filhos com Astreu, os anemoi (que são as divindades associadas ao vento) e Noto era uma delas.
0 Comentários
Comente aqui!