O Homem que Matou Mais que Hitler e Stalin Juntos

 Hitler é conhecido como um dos "demônios da humanidade", uma das muitas pessoas que provaram que a crueldade humana é real e sem limites. Ele foi responsável pela Segunda Guerra Mundial, período da história que resultou na morte de milhões e milhões de pessoas. Entre 1921 e 1923, Hitler foi o líder do Partido Nacional Socialista, além de ter sido chefe do governo da Alemanha de 1930 até a morte. Através de eleições livres, Hitler chegou ao poder, após ser preso por tentar dar um golpe de estado. Transformou-se em ditador logo em seguida, eliminando rivais e opositores. Hitler ordenou que exércitos alemães atacassem e ocupassem vários países, tendo toda a responsabilidade pelas mortes e atrocidades cometidas em seu nome. Além disso, permitiu e incentivou a realização organizada de genocídio, buscando como objetivo exterminar judeus, ciganos, homossexuais, políticos, deficientes físicos e mentais, entre outras minorias. No fim da guerra, Hitler suicidou-se. Durante seu mandato, o número de vidas tiradas por Hitler chegou a 21.000.000 (vinte e um milhões).

Adolf Hitler

 Stalin , durante 25 ano governando a antiga URSS, transformou-a em potência mundial, promovendo a industrialização. A implantação de um programa forçado de coletivização da agricultura e a abolição da propriedade privada foram envolvidas, sendo possíveis apenas com o assassinato de agricultores e a criação de um estado de terror policial, do qual promoveu o expurgo e a execução de diversos inimigos políticos. Stalin teve papel fundamental na derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, utilizando da repressão de opositores, da fome e do empobrecimento das suas populações como formas de obrigá-los a se manterem no bloco comunista. Foi responsável pela existência de campos de trabalhos forçados, utilizados para deter opositores e para perseguir minorias étnicas. Stalin realizou transferências compulsórias de populações, o que resultou na morte de mais de 43.000.000 (quarenta e três milhões) de pessoas.

Joseph Stalin

 Essas pessoas foram conhecidas como seres perversos e sem ideais benignos em prol de seu povo. Seu único objetivo era controlar tudo e todos. Mas, e se eu lhes mostrasse alguém que foi duas vezes pior que Hitler e Stalin juntos? Hoje, nós vamos falar sobre Mao Tsé Tsung.

Mao Tsé Tsung

 Mao foi líder do Partido Comunista Chinês desde 1931, presidente da República Popular da China de 1949 a 1959 e presidente do Partido até sua morte. Durante seu período no poder, Mao começou um regime de terror, assassinando pessoas que possuíam ideais contra-revolucionários, além de proprietários rurais e inimigos políticos (como sempre). Ele foi responsável pela execução de vários ex-companheiros, sendo eles em sua maioria militantes comunistas expurgados. Mao, a partir de 1950, começou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que acabou por provocar a maior onda de fome já registrada na história, desorganizando a economia do país. Lançou, em meados de 1960, a Revolução Cultural, campanha que resultou no fechamento de escolas, prisões em massa e perseguições que causaram a morte de milhões de pessoas. De acordo com algumas fontes, o reinado de Mao Tsé Tsung resultou na morte de mais de 77.000.000 (setenta e sete milhões) de pessoas.

Imagem de Acervo O Globo

 Algumas pessoas especialistas no assunto de homicídio em massa diz que muitos de nós, seres humanos, não somos capazes de imaginar mais de 100 ou 1.000 mortos. Na época da ditadura chinesa, pessoas delatavam seus vizinhos que possuíssem propriedades e que fossem desleais. Aqueles delatados eram executados juntos a quem simpatizavam com eles. A regra era haver ao menos uma pessoa morta por vilarejo. Milhões e milhões de proprietários de terra foram aniquilados pelo simples fato de serem donos de capital. Se alguém fosse suspeito de estar ocultando alguma riqueza, a pessoa era torturada com ferro quente até confessar. As famílias dos mortos também eram torturadas, e seus túmulos eram saqueados. A terra adquirida através da aniquilação de seus donos eram divididas em pequeninos lotes e distribuídos entre camponeses. Qualquer um que fosse pego envolvido em prostituição, sonegação, jogatina, tráfico de ópio, mentiras ou suspeito de entregar segredos de estado, era executado e acusado como "bandido".

Imagem de Epoch Times

 Milhões de pessoas morreram nas prisões e qualquer visita noturna era imediatamente denunciada, e os envolvidos eram presos ou assassinados. Os espaços nas celas das prisões estavam cada vez menores, a ponto de que cada uma das pessoas viviam apenas 35 centímetro longe da outra (essa medida é a medida comum para uma travessa, utilizada para servir comidas de forma elegante). Muitos dos prisioneiros faziam trabalho forçado até a morte, qualquer um que se envolvesse em rebeliões era agrupado com sua trupe e eram queimados vivos. Muitos suicídios aconteceram entre pequenos e médios empresários, pois eles percebiam até onde toda aquela barbárie estava levando. Quando toda aquela matança havia atingido seu ápice, Mao Tsé Tsung criou uma campanha chamada O Desabrochar das Cem Flores, que duraram dois meses em 1957, onde as pessoas eram estimuladas a falar abertamente sobre seu ponto de vista, sendo uma grande oportunidade das pessoas mostrarem seus pontos de vista. Porém, mal sabia todos que tudo não se passava de uma armadilha do ditador. Todos aqueles homens e mulheres que mostraram sua oposição ao regime e falaram contra Mao foram convocados e aprisionados. Algumas dessas pessoas eram rotuladas como direitistas e sujeitas a interrogatório e reeducação, outras eram expulsas de suas casas e eram isoladas.

Imagem de Mises Brasil

 Mao achava que sabia cultivar grãos, e proclamou que todas as sementes deveriam ser cultivadas juntas, portanto, elas foram semeadas em densidades muito maiores do que o normal, resultando na morte das plantas, na secagem do solo e na subida do sal à superfície. Pardais foram exterminados, com o intuito de impedi-los de comer os grãos, causando o aumento no número de parasitas. Enchentes e erosões se tornaram endêmicas. Logo as plantações de chá transformaram-se em plantações de arroz. Os equipamentos hidráulicos para servir novas fazendas coletivas não funcionavam. Em 1957, os trabalhadores não possuíam forças para colher suas próprias safras escassas, morrendo em pouco tempo, acarretando no apodrecimento do arroz. As indústrias aumentavam mesmo sem produzir nada. Como resposta, o governo afirmou que as pessoas deveriam parar de consumir gorduras e proteínas, pois eram desnecessárias. Em 1960, a taxa de mortalidade ultrapassou 68%, outrora sendo 15%. Quem era visto estocando grãos era friamente fuzilado. Mesmo aqueles que eram flagrados com a menor quantia imaginável era preso. Fogueiras foram banidas, assim como os funerais.

Imagem de Acervo O Globo

 Os aldeões que tentavam fugir dos campos eram fuzilados nos portões. A morte por fome chegou aos 50% em muitos vilarejos. Para sobreviver, algumas pessoas ferviam grama e cascas de árvore para fazer sopa, enquanto outros vagavam pelas ruas em busca de comida. Uns ainda chegavam a atacar outras casas e roubas os poucos suprimentos encontrados. As mulheres se tornaram incapazes de engravidar devido à desnutrição. Além disso, muitas pessoas nos campos de trabalho forçado eram usadas como experimento com comidas, causando a morte de muitas pessoas e provocando doenças. Em 1968, Wei Jingsheng, um membro da Guarda Vermelha, aos 18 anos, encontrou refúgio em uma família de um vilarejo em Anhui, vivendo para escrever o que havia presenciado:

"Caminhávamos juntos ao longo do vilarejo... Diante de meus olhos, entre as ervas daninhas, surgiu uma das cenas que já haviam me contado: um dos banquetes no qual as famílias trocavam suas crianças para poder comê-las. Eu podia vislumbrar claramente a angústia nos rostos das famílias enquanto elas mastigavam a carne dos filhos dos amigos. As crianças que estavam caçando borboletas em um campo próximo pareciam ser a reencarnação das crianças devoradas por seus pais. O que fez com que aquelas pessoas tivessem de engolir aquela carne humana, entre lágrimas e aflições — carne essa que elas jamais se imaginaram provando, mesmo em seus piores pesadelos?" - Wei Jingsheng.

Imagem de Acervo O Globo

 Wei acabou sendo preso como traidor, porém, seu status como membro da Guarda Vermelha o protegeu da morte, sendo solto em 1997. Milhares de campos e centros de detenção foram criados, e as pessoas que eram mandadas para lá morriam em pouco tempo. Desculpas fajutas eram utilizadas com o intuito de se executar uma pessoa, tudo para sobrar alimentos, já que os presos eram um fardo para o sistema de acordo com Mao. Para jogar alguém na prisão, os guardas abordavam qualquer um de forma aleatória e davam ordens de prisão de forma indiscriminadora, e quem questionasse a razão da prisão era visto como desleal, o que não resultava em algo bom. Ao serem presos, aqueles que tinham seus nomes citados durante uma confissão eram caçados e recolhidos. Coisas horríveis continuaram a acontecer nas vilas. Óperas foram banidas, monges foram expulsos, animais de estimação foram proibidos, o calendário foi modificado, todo o cristianismo foi banido. Artistas, professores, técnicos, escritores, todos eram alvos. Passaram a ocorrer massacres organizados em comunidades seguidas.

 Depois de anos de genocídio e brutalidade, Mao Tsé Tsung morreu em 1976. Todos os seus conselheiros foram presos. A reforma começou lentamente, mas logo atingiu uma velocidade absurda. A liberdade civil foi restaurada e reabilitações começaram. Todos aqueles que torturaram outras pessoas foram processados. A economia, depois de anos de fome, morte, perseguição e ditadura, começou a se transformar.

Fontes:

Mises Brasil

Fórum CifraClub

Super Abril