TRANScendendo Rivera #2: Marsha P. Johnson



 No post de hoje, nós iremos conhecer uma lenda. Uma mulher que mudou toda a história das pessoas trans. Uma mulher negra que se pôs à frente para proteger suas semelhantes. Vamos falar sobre Marsha P. Johnson ❤



 Marsha P. Johnson foi uma drag queen negra ativista muito conhecida pela sua luta pela libertação gay norte-americana. Essa mulher se tornou um dos mais conhecidos símbolos da luta gay e uma das figuras mais conhecidas na Rebelião de Stonewall, em 1969. Junto a Sylvia Rivera, co-fundou a S.T.A.R. Marsha, além de ter sido fundadora da Frente de Libertação Gay, ainda lutou contra a AIDS e aderiu ao ACT UP (um grupo político), cujo objetivo era acabar com a pandemia da doença.

 Seu nome out of drag era Malcolm Michaels Jr., nasceu em 24 de agosto de 1945, em Elizabeth (Nova Jérsei). Marsha era uma devota religiosa e muito interessada no catolicismo. Frequentava constantemente a Igreja Episcopal Metodista Africana.

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Imagem de Advocate


 Aos cinco anos de idade, Marsha começou a usar vestidos, porém, parou por causa do assédio sofrido pelos garotos de seu bairro. Johnson, em uma entrevista, descreveu ter sofrido assédio sexual por um adolescente. Ela ainda disse que a ideia de ser gay era um sonho ao invés de algo possível, o que levou-a a permanecer assexual até os 17 anos de idade. A mãe de Marsha afirmou que "ser gay era ser menor que um cachorro", porém, Marsha disse que a mãe não tinha conhecimento sobre a comunidade LGBT.

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Imagem de Revista Híbrida


 Quando terminou o ensino médio, Marsha saiu de casa com apenas quinze dólares e uma mala com roupas. Em Nova Iorque, trabalhou como garçonete.  Em 1966, foi até Greenwich Village, onde pode ter a chance de conhecer outras pessoas gays, o que a fez acreditar ser possível se revelar gay. Nesse mesmo ano, Marsha ainda vivia nas ruas e se prostituía para sobreviver. No final da década de 1970, ela foi presa cerca de cem vezes e baleada uma vez. Nesse mesmo ano, falou sobre o primeiro colapso mental que teve. Ela andava nua na Christopher Street e foi levada por dois ou três meses para ser tratada com clorpromazina, um medicamento antipsicótico receitado para pacientes esquizofrênicos. Entre 1990 e 1992, Marsha viveu com sua amiga Randy Wicker, que convidou-a para passar a noite em sua casa numa noite muito fria (cerca de 12 ºC negativos). Marsha possuía uma espécie de transtorno de personalidade descrita como esquizofrênica. Em um momento, se mostrava agradável e generosa quando era a Marsha, porém, quando era Malcolm, se tornava uma pessoa mal-humorada e agressiva.

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Imagem de Left Voice


 Em julho de 1992, o corpo de Marsha foi encontrado no rio Hudson, pouco depois da Marcha do Orgulho daquele ano. As autoridades considerarem a morte como suicídio, porém, os amigos de Marsha não se convenceram disso e lançaram uma campanha para descobrirem a real causa da sua morte, já que ela não tinha tendências suicidas e havia ferimentos em seu corpo.

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Imagem de Revista Híbrida


 Marsha lutou pela sua vida por anos, até que descobriu a importância da luta por todos. Ela era uma drag queen forte e que ajudou muitas pessoas ao longo de sua estrada. Passou por diversos problemas, entre eles mentais, e mesmo assim se tornou a drag queen que enfrentou o sistema e fez história ao participar ativamente de uma das revoltas mais conhecidas do mundo.


"Talvez eu seja louca,
mas isso não significa
que eu esteja errada."

                - Marsha P. Johnson

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