Você já se perguntou alguma vez que fim levou os principais filósofos da Grécia Antiga? Bom, hoje na Corte das Artes, eu irei listar alguns dos mais conhecidos e o que os levou a se encontrarem com a morte em pessoa. Já adianto que alguns morreram de formas tristes, já outros morreram de formas bem estúpidas. Ainda assim, é curioso imaginar que a maioria não morreu por conta da idade ou por causas naturais.
Sócrates (469–399 a.C.) – Envenenado com cicuta
Platão (428/427–348/347 a.C.) – Causa incerta (natural ou doença)
Não há um consenso sobre a morte de Platão. Algumas fontes dizem que ele morreu pacificamente enquanto dormia, já idoso, com aproximadamente 80 anos; já outras sugerem que teria falecido durante um banquete, possivelmente enquanto ouvia música ou discutia filosofia; outra versão (provavelmente lendária) diz que Platão morreu em meio a uma festa de casamento; enquanto uma das deduções mais comuns envolta de sua morte explica que é possível que ele tenha sofrido de uma doença debilitante ou simplesmente morrido de causas naturais.
Aristóteles (384–322 a.C.) – Doença estomacal (ou suicídio?)
Aristóteles morreu em exílio, provavelmente devido a uma doença no estômago. Algumas versões sugerem que ele se suicidou ao ver Atenas rejeitando sua filosofia. Após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., Aristóteles enfrentou perseguições políticas em Atenas, já que era associado ao rei macedônio. Temendo sofrer o mesmo destino de Sócrates, ele deixou a cidade e se refugiou em Cálcis, na ilha de Eubeia, dizendo que não deixaria os atenienses "pecarem contra a filosofia pela segunda vez". Aristóteles morreu no ano seguinte à sua fuga, em 322 a.C., com 62 anos. Seu corpo foi enterrado em Estagira, sua cidade natal.
Heráclito (c. 535–475 a.C.) – Doença e tentativa de cura bizarra
Heráclito sofria de hidropisia (acúmulo de líquidos no corpo). Ele tentou se curar cobrindo-se de esterco seco para "secar" a doença, mas morreu dessa forma, forma essa que é particularmente bizarra de se imaginar. Heráclito, conhecido por sua filosofia do "tudo flui" (panta rhei), sofria dessa condição em que o corpo retém líquidos de forma anormal, possivelmente causada por problemas renais ou hepáticos. Aparentemente, o tratamento não funcionou, e ele acabou morrendo sufocado ou devido às complicações da doença. O filósofo, que via a mudança como a essência do universo, encontrou seu fim tentando modificar seu próprio corpo de uma maneira trágica e absurda.
Pitágoras (c. 570–495 a.C.) – Morto em perseguição política
Pitágoras fugiu de uma revolta contra sua escola e, segundo relatos, se recusou a atravessar um campo de favas (pois as considerava sagradas). No fim, ele foi capturado e morto. O filósofo fundou uma escola filosófica e mística na cidade de Crotona, no sul da Itália. Seu grupo, os pitagóricos, tinha influência política, o que gerou inimigos entre os líderes locais. Durante uma revolta contra os pitagóricos, a escola foi incendiada, e Pitágoras teria morrido no ataque ou fugido. Outra versão diz que ele conseguiu fugir do massacre, mas viveu em exílio e jejum, até morrer de fome e tristeza.
Diógenes de Sinope (c. 412–323 a.C.) – Causa incerta (mas com teorias curiosas)
Epicuro (341–270 a.C.) – Cálculo renal e dor intensa
"Foi no último e mais feliz dia da minha vida que escrevi esta carta, enquanto sofria de dores insuportáveis na bexiga e nos intestinos. No entanto, minha alma estava repleta de prazer ao lembrar-me de nossas conversas filosóficas."
Zenão de Cítio (c. 334–262 a.C.) – Suicídio
Zenão teria tropeçado e quebrado um dedo, interpretando isso como um sinal de que sua hora havia chegado e se suicidou por asfixia. A morte do fundador do estoicismo ocorreu quando ele já era idoso e frágil, prendendo a respiração até morrer e aceitando o destino com serenidade.
Empédocles (c. 490-c. 430 a.C.) – Suicídio
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