Caríbdis

Caríbdis, na mitologia grega, era uma criatura marinha protetora de limites territoriais no mar. Em outra tradição, seria um turbilhão criado por Poseidon. Em tempos mais antigos, Caríbdis era mais ligada a lendas de marinheiros e pescadores do que a própria mitologia grega. Homero posicionou-a como entidade mitológica, tirando-a de simples lenda regional. Homero a chamava de "a divina Caríbdis", usando o mesmo adjetivo aplicado à bela ninfa das cavernas, Calipso. Durante sua existência como ninfa (sim, antes esse monstro era uma ninfa, lembra a Cila um pouco né?), Caríbdis se caracterizava por uma voracidade extrema. Quando Héracles passou perto de Messina, levando os bois de Gerião, roubou alguns dos animais e devorou-os. Ao tentar investir contra o herói, que tentava recuperar seu gado, Caríbdis foi fulminada por Zeus com um raio, e lançada às profundezas do mar, onde se transformou em um monstro marinho. Na tradição mitológica grega, Caríbdis era habitualmente relacionada a Cila, outro monstro marinho. Os dois moravam nos lados opostos do estreito de Messina, que separa a península Itálica da Sicília, e personificavam os perigos da navegação perto de rochas e redemoinhos. No cimo do rochedo, que não era tão alto quanto o penedo oposto de Cila, erguia-se uma figueira negra. Caríbdis propriamente dita ficava fora da vista. Três vezes por dia, sorvia as águas do mar e três vezes por dia tornava a cuspi-las. Quando Odisseu passou pelo estreito de Messina, foi arrastado pelo turbilhão de Caríbdis, após um naufrágio provocado pelo sacrilégio cometido contra os bois de Hélio. Conseguiu, porém, agarrar-se à figueira que ficava em frente à gruta do monstro e depois agarrar-se a um mastro do navio naufragado, conseguindo escapar e prosseguir sua viagem (traumatizado né? Porque depois dessa, meus deuses hein).
Tália


Tália era uma das nove musas da mitologia grega, filhas de Zeus e Mnemósine, filha de Oceano e Tétis. Era a musa da comédia. Era representada com uma máscara cômica e por vezes com uma coroa de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
Nérites


Nérites, na mitologia grega era o único filho homem nascido da união entre Nereu e Dóris. Ele teria sido o primeiro amante da deusa Afrodite, ainda antes dela ser elevada ao Olimpo. Segundo algumas fontes a deusa teria o convidado a ir com ela para a morada dos deuses, no entanto ele rejeitou tal convite. Enfurecida a deusa o metamorfoseou em um molusco ou numa concha. Também era considerado um amante de Poseidon. Outras fontes afirmam que ele foi metamorfoseado pelo deus Hélio que se enfureceu pelo fato do jovem Nérites ser mais rápido que ele.
Tétis


Tétis, na mitologia grega, é uma ninfa do mar, uma das cinquenta nereidas filhas do antigo deus marinho. Quando descrita como uma nereida, Tétis era a filha de Nereus e Doris, e neta de Tétis, a titânide. Teve vários filhos, entre eles, Aquiles. Foi criada por Hera, a quem dedicava grande amizade. Recolheu Hefesto quando o deus foi precipitado do Olimpo por Zeus. Amada pelo soberano dos deuses, resistiu-lhe, temendo magoar Hera. De acordo com outra versão, foi o próprio Zeus que a repudiou. O senhor olímpico temia a realização de um oráculo segundo o qual Tétis conceberia dele um filho que o destronaria. Numa variante da lenda, tal oráculo referia-se a Zeus e a Poseidon, ambos enamorados da nereida.
Hapi


Hapi era uma divindade da mitologia egípcia que personificava as águas do rio Nilo durante a inundação anual a que o Antigo Egito estava sujeito. Hapi tinha templos a si dedicados, mas em outras regiões como no Reino de Kanem, e na cidade de Abidos, era associado à região da primeira catarata do Nilo. O deus era popular um pouco por todo o Egito. Era por vezes representado de forma duplicada no símbolo do sema-taui, onde surge a atar as duas plantas heráldicas do Alto Egito e do Baixo Egito, o lótus e o papiro. Apenas o faraó Siptah mencionou o deus Hapi na sua titulatura: o seu nome de Hórus apresenta-o como "amado de Siptah". Hapi era representado como um homem com ventre proeminente e com seios, que veste a cinta dos pescadores e barqueiros. Na sua cabeça tinha o lótus e o papiro ou segurava estas plantas nas suas mãos. A sua pele poderia ser pintada de azul ou verde, duas cores associadas entre os antigos Egípcios à fertilidade. Era também representado a derramar água de jarros ou a levar mesas e bandejas com alimentos. Hapi também era conhecido como "o pai dos deuses".
Tefnut


Tefnut é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. Tefnut simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede. Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro par de divindades da Enneade de Heliópolis. Sua fisionomia era de uma mulher, às vezes com cabeça de leoa que indicava poder, usando na cabeça o disco solar e a serpente Uraeus. Filha de Rá (tem deus mais famoso que ele?). mãe de Geb e Nut e avó de Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hathor. (aliás, tem um blog muito legal chamado Fala Tef da blogueira Nana Araújo. o nome Tef é referente à gatinha da Nan, cujo nome se refere à deusa egípcia Tefnut).
Anfitrite


Anfitrite, na mitologia grega, era filha da ninfa Dóris e de Nereu, portanto uma nereida. É esposa de Poseidon e deusa dos mares. A princípio, se recusou a unir-se ao deus, se escondendo nas profundezas dos oceanos, em um lugar conhecido apenas por sua mãe. Acabou cedendo às investidas de Poseidon, se tornando rainha dos oceanos. É representada portando um tridente, símbolo de sua soberania sobre os mares. Como Hera, sofria com as extensas traições de seu marido, mas não possuía o ciúme corrosivo da primeira. De acordo as visões de sacerdotes, Anfitrite aparentava ter cabelos castanhos longos e lisos, pele morena clara e olhos escuros, tendo um belo corpo e aparentando 25 anos.
Aegir


Na mitologia nórdica, Aegir é o deus dos mares e oceanos. Algumas interpretações indicam-no como um deus Vanir do panteão nórdico, outras como um gigante (jotun). Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois estes acreditavam que Aegir aparecia de vez em quando na superfície para tomar a carga, homens e navios com ele para seu salão no fundo do oceano. Por isso eram feitos sacrifícios para apaziguá-los, muitas vezes sendo sacrificados prisioneiros antes de se começar a velejar. Aegir também é conhecido pelo entretenimento generoso que ele providenciava aos outros deuses. Sua esposa era a deusa Ran com quem ele teve nove filhas (as donzelas das ondas), que vestiam mantos e véus brancos.
Ran

Na mitologia nórdica, Ran é uma deusa que governa o mar e é a esposa de Aegir e mãe de nove filhas. Temida pelos marinheiros por ser uma deusa maligna que os arrastava para o fundo do mar se tivesse a oportunidade. Deusa do Submundo e dos Elfos Escuros, Senhora dos Mortos. Ran costuma afogar os marinheiros que não aceitam ser maridos de suas filhas ou dela mesma. As pessoas que morrem afogadas não vão parar a Valhala, por isso Ran tem responsabilidade por alguns mortos.
Apsu


Apsu era o nome das águas doces das fontes subterrâneas, com atribuições religiosas nas mitologias da Suméria e Acádia. Mas, por outro lado Apsu para os muçulmanos significa "colhedora de crianças". Certas represas de águas sagradas nos pátios dos templos da Babilônia e Acádia também eram chamados de apsu e serviam para rituais de purificação. No épico babilônico Enuma Elish, Apsu, o "procriador dos deuses", está inerte e sonolento mas encontra sua paz perturbada pelos deuses mais novos então decide destruí-los. Seu neto Enki, escolhido para representar os deuses mais novos, joga um feitiço em Apsu o colocando em um sono profundo a assim o confina ao submundo. Subsequentemente Enki cria seu lar nas profundezas das fontes aquíferas e assume todas as funções de Apsu, incluindo seus poderes fertilizadores como senhor das águas e senhor do sêmen.
Tiamat


Tiamat é uma deusa das mitologias sumérica e babilônica associada ao oceano (tendo sua contraparte masculina em Apsu, associado a água doce). Na maioria das vezes, Tiamat é descrita como uma serpente marinha ou um dragão, mas nenhum texto foi encontrado nos quais contenham uma associação clara com essas criaturas. No Enuma Elish, sua descrição física contém, uma cauda (rabo), coxas, órgãos sexuais, abdômen, tórax, pescoço e cabeça, olhos, narinas, boca e lábios. E por dentro coração, artérias e sangue. Contudo, há uma etimologia semita que pode ajudar a explicar por que Tiamat é descrita como uma serpente. No mito fragmentado "Astarte e o Tributo do Mar" no inglês Astarte and the Tribute of the Sea, há uma menção da deusa o que parece ser uma referência de uma serpente marítima. Se tal etimologia estiver correta irá explicar a conexão entre Tiamat e Lotan (Lo-tan, Leviatã). Apesar do Enuma Elish (mito de criação babilônico.) descrever que Tiamat deu à luz dragões e serpentes, são incluídos entre eles uma grande lista de monstros como homens escorpiões e as sereias. Porém, nenhum texto diz que eles se parecem com a mãe ou se limitam a criaturas aquáticas. Inicialmente, quando o mundo cultuava divindades femininas com suas várias faces, Tiamat era adorada como a mãe dos elementos. Tiamat foi responsável pela criação de tudo que existe. Os deuses eram seus filhos, netos e bisnetos.
Oxum


Oxum é um orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, cultuada no candomblé e umbanda. Através de mamãe Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de “Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.
Nanã


Nanã Burukú é o orixá dos mangues, do pântano, senhora da morte responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne) das almas. Nanã é dona de um cajado, o ibiri. Suas roupas parecem banhadas em sangue, orixá das águas paradas que mata de repente, ela mata uma cabra sem usar faca. Seus fios de conta são lilás e branco ou roxo.
Olossa


Olossa, na Mitologia Yoruba, é a divindade das lagoas. Oloxá é sensível e zelosa. É filha de Òrungan com Yemojá. Ganhou de Olókun o poder de governar os lagos que desembocam nos mares. Ligada a Oxum e Nanã, veste-se de verde-claro e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado, não há iniciados no Brasil. Oloxá é também considerada esposa/irmã de Olokun. Seus mensageiros são os crocodilos. Na Iorubalândia, é adorada nas Lagoas e Lagos que precedem à costa Atlântica. Alí é onde são levadas suas oferendas. Se os crocodilos as consumirem, o Orixá as aceitou. É cultuada no Brasil na Lagoa do Abaeté, Salvador, Bahia juntamente com Iemanjá que também é considera Orixá dos Lagos.
Olokun

Na mitologia Yoruba, no Benim, Olokun é considerado como do sexo masculino e em Ifé como sendo do sexo feminino, divindade do mar. Depois (Olo) dos Oceanos (Okun). Olokun é o Orixá Senhor do mar, é andrógino, metade homem e metade-peixe, de caráter compulsivo, misterioso e violento. Tem a capacidade de transformar. É assustador quando irritado. Na natureza é simbolizado pelo mar profundo e é o verdadeiro dono das profundezas do presente, onde ninguém jamais esteve. Representa os segredos do fundo do mar, como ninguém sabe o que está no fundo do mar, apenas Olokun. Também representa a riqueza do fundo do mar e da saúde. Olokun é um dos Orixás mais perigoso e poderoso do culto aos Orixás. Diz-se que ele foi acorrentado ao fundo do oceano, quando ele tentou matar a humanidade com o dilúvio. Sempre retratado com escudo. Seu culto é na cidade de Lagos, Benin e Ile Ifé. Representa a riqueza dos fundos marinhos e a saúde. Todo os Babalawôs devem cultuá-lo e sempre deve ser assentado com suas 18 ninfas que são suas esposas, as 9 Olossás e as 9 Olonas. Elas são ninfas da água, representa os rios, córregos, lagoas, cachoeiras, nascentes, lagoas, extensões marinhos e de águas pluviais.
Bessem


Bessem é um vodun da família de Davice, patrono da nação mahí devido a extensão do seu culto para o povo mahuíno. No candomblé na nação jeji esse vodun usa a cor branca com muitos búzios. Sua dança, o sató tem marcação forte e passos lentos, sua principal saudação é: Ahó gbó gboy ( Saudamos ao rei cobra), também variando para: Vodun benó benó e akoló.
Hipocampo


O hipocampo é uma criatura mitológica partilhada pela mitologia fenícia e grega. Tem tipicamente sido descrito como cavalo na parte anterior do seu corpo e peixe na parte posterior com a cauda escamoso, como um cavalo-marinho.
FINALMENTEEEEE!!!! Terminamos a última parte do AM sobre divindade, criaturas e seres aquáticas. Muito obrigado por terem aguentado todos os parágrafos. As outras partes do AM estão linkado abaixo:
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