De Imagem a Poesia #6


Eu uso o céu para descrever você

Às vezes está azul,
Às vezes está rosa,
Sempre com nuvens,
A lhe enfeitar.

Às vezes eu vejo em ti uma luz,
Às vezes suas tempestades me fazem mudar de rota.
Muitas vezes sua luz se vai, e pequeninas luzes brancas no breu se movem,
E não param de brilhar.

A forma como a escuridão lhe toma é impressionante,
E a forma como se adapta à todas as estrelas do universo.
Seu corpo, sua dança sobre os planetas, és alucinante,
Esse mar de ônix, a sombra de Nix, onde me vejo submerso.

Você monta nos cometas e voa,
Como Épona em seu cavalo a galopar.
É possível ouvir o tom de como isso soa,
A liberdade para poder ir a qualquer lugar.

O seu rosto cora, mas vejo apenas nebulosas,
Suas lindas e delicadas mãos, tão belas, nos moldaram.
Tenta cobrir seu rosto por achar não ser tão bondosa,
Por se esquecer de moldar alguém a quem eu possa amar.

Mal sabes tu, ó Dama Branca, que rege a vida,
Que já me moldaste um maravilhoso pomar.
E que , ó Dama Negra, que rege a morte,
Vivo apenas para regar esse amor e vê-lo brotar.

Quando está de dia, é a luz que me envolve,
Quando está de noite, são as sombras que estão a me cuidar.
Quando estou a chorar, apenas seu toque já resolve,
Quando sinto meu coração vazio, lembro que tenho você,
Minha Deusa, quem irei sempre amar.


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