Pride To Be #11: Drag Queens

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 Transformistas (ou Drag Queen e Drag King) são personagens criados por artistas performáticos que se travestem, fantasiando-se cômica ou exageradamente com o intuito geralmente profissional artístico. No meio LGBT, é muito comum encontrar pessoas que mudam e se transformam em outras pessoas ou "coisas". A palavra "Drag Queen" tem um significado muito maior e foi aderida pelo mundo inteiro para definir uma forma de arte. Desde que o mundo é mundo homens se vestem de mulher como uma forma de arte. Da Grécia antiga, quando nascia o teatro, ao Kabuki no Japão, os papéis femininos eram feitos por homens, já que mulheres eram proibidas de se apresentar no teatro. Os tempos mudaram, a arte drag também.

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Alma Negrot

  Drag Queen é como é chamado o homem ou a mulher que se veste de forma estereotipadamente feminina, porém, recentemente é visto algumas drag queens que não se vestem nem de homem e nem de mulher, mas sim de uma forma abstrata, como a drag queen Alma Negrot.
 Drag King é como é chamada a mulher ou o homem que se veste de forma estereotipadamente masculina.

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Pandora Yume

 Os Transformistas são pessoas que trabalham exclusivamente através da arte e comunicação. Às vezes algumas pessoas fazem do transformismo um hobbie, outros fazem dele um trabalho. É muito comum vermos transformistas em boates, casamentos, festas, entre muitos outros lugares animando todos a sua volta. Uma drag queen e um Drag King são simplesmente artistas.

Tati

 O termo "drag queen" ocorreu em Polari, um subconjunto de gírias inglesas que era popular em algumas comunidades gays no início do século XX. O primeiro uso registrado de "drag" para se referir a atores vestidos com roupas femininas é de 1870. Uma etimologia popular é que drag é um acrônimo de "Dressed Resembling A Girl" (Vestido Semelhante a uma Menina) na descrição do travestismo teatral masculino.

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Ruby Rose


 Embora o termo "drag king" tenha sido citado pela primeira vez em 1972, há uma história mais longa de artistas femininas com roupas masculinas. No teatro e na ópera houve uma tradição de papéis de calção e travesti.
  • A atriz e dramaturga Susanna Centlivre apareceu nas escravas em torno de 1700.
  • O primeiro imitador masculino popular no teatro dos EUA foi Annie Hindle, que começou a se apresentar em Nova York em 1867; em 1886 ela se casou com sua costureira, Annie Ryan.
  • A artista da sala de música britânica Vesta Tilley foi ativa no final do século XIX e início do século XX como um personificador masculino.
  • Outros personificadores masculinos no palco britânico eram Ella Shields e Hetty King.
  • A cantora de blues Gladys Bentley tocou em trajes masculinos em Nova York, Los Angeles e São Francisco entre 1920 e 1940.
  • Stormé DeLarverie atuou em drag masculino junto com personificadores femininos no Jewel Box Revue nas décadas de 1950 e 1960, conforme documentado no filme Storme: The Lady of the Jewel Box; DeLarverie também foi um dos veteranos da Rebelião de Stonewall.
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Gloria Groove


 Outro termo para drag queen é "personificador feminino". Embora isso ainda seja usado, às vezes é considerado impreciso, porque nem todos os artistas drags contemporâneos estão tentando passar por mulheres. A "personificação feminina" tem sido e continua a ser ilegal em alguns lugares, o que inspirou a drag queen José Sarria a distribuir rótulos para seus amigos lendo "Eu sou um menino", então ele não pode ser acusado de personificação feminina. A drag queen americana RuPaul disse uma vez "Eu não me personifico de mulher! Quantas mulheres você conhece que usa saltos de sete polegadas, peruca de quatro pés e vestidos à prova de pele?" ele também disse "Eu não me visto como uma mulher, eu me visto como uma drag queen!".

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Sylvia Rivera

 Sylvia Rivera era queer, latina, se identificava como drag queen e lutava incansavelmente pelos direitos dos transgêneros, assim como pelos direitos dos gênero não-conformistas. Depois das Rebeliões de Stonewall, onde ela jogou o primeiro tijolo, Rivera começou a S.T.A.R. (Ação Travesti Revolucionária das Ruas), um grupo focado em oferecer abrigo e apoio aos jovens queer sem teto, com Marsha P. Johnson. Ela também lutou contra a exclusão de transgêneros no New York’s Sexual Orientation Non-Discrimination Act. Ela foi ativista até sua morte, participando da Empire State Pride Agenda sobre a inclusão trans.

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Aretha Sadick

 O processo de entrar no drag ou no personagem pode levar horas. Uma drag queen pode apontar para um certo estilo, impressão de celebridades ou mensagem com seu visual. O cabelo, a maquiagem e os trajes são os fundamentos mais importantes para drag queens. Drag queens tendem a procurar um olhar mais exagerado com muito mais maquiagem do que uma mulher feminina típica se vestiria. Com a aparência completa, drag queens muitas vezes saem para clubes e bares, onde normalmente realizarão um ato que é chamado de "drag show". Muitas drag queens se vestem por dinheiro fazendo shows diferentes, mas também há drag queens que têm empregos em tempo integral, mas ainda gostam de se vestir como drag como passatempo. Muitas partes do drag show e das outras propriedades intelectuais das drag queens não podem ser protegidas por leis de propriedade intelectual. Para substituir a falta de proteção legal, as drag queens retornam às normas sociais para proteger sua propriedade intelectual.

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Pabllo Vittar

 Em 500 A.E.A, o teatro grego tomava forma e nasciam atores e personagens. Na época, somente homens podiam interpretar e com isso as personagens femininas eram vividas por homens vestidos como mulheres.

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Lorelay Fox

 No século XVI, os papéis femininos escritos pelo autor inglês Shakespeare eram interpretados em geral por adolescentes ou meninos vestidos de mulher. Acredita-se que papéis femininos mais importantes eram deixados para atores mais qualificados, mas não para mulheres.

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Samira Close

 No século XVIII e XIX, com mulheres cada vez mais presentes no teatro, vestir-se de mulher para interpretação passou a ser por motivos cômicos e para sátiras. Os homens que se vestiam de mulheres passaram a integrar as peças como uma categoria diferente de atores. Maquiagem exagerada, vestimentas parodiando o estilo da alta sociedade e um humor afiado fizeram esta figura comum para o público e sucesso de crítica. Estas “damas” do teatro, passaram a se apresentar em clubes também. Mas as duas guerras mundiais transformaram o cenário mundial e a mulher assumiu nova posição social e a posição da drag queen também foi revista. Aos poucos também passou a estar associada ao homem homossexual.

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Todrick Hall

 No século XX, com a chegada da televisão, o teatro virou lugar do glamour, dos musicais e as “damas” perderam espaço. Elas assumiram uma postura diferente, personificando as mulheres de forma glamurosa. Nos anos 60, a cultura pop surgiu nas grandes metrópoles e com ela uma abertura maior em relação a comunidade gay. Apesar disso, os bares gays eram relegados a áreas periféricas das cidades, mas foi neste cenário que as drag queens encontraram o caminho para seu retorno. Era nos clubes, que as “novas drags” achavam espaço para se “montar” e fazer apresentações que remetiam aos ícones do cinema e da música da época.

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Sarah Vika

 Nos anos 70 e 80, As drags viraram símbolo da luta pelos direitos LGBTQ, mas com o avanço da AIDS a comunidade foi mais uma vez relegada a espaços de nicho e as drags voltaram para os clubes.

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Chloe Van Damme

 Nos anos 90, a arte passou a ser valorizada de novo especialmente por causa de Hollywood. “Priscilla, a rainha do deserto” ajudou a levar a arte drag para o grande público novamente. Mais uma vez à frente da luta pelos direitos LGBTQ, as drags ajudaram a popularizar as paradas gays ao redor do mundo. O americano RuPaul surgiu como a drag queen superstar: pose de modelo, cantora, personalidade, apresentadora, amiga dos famosos...

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Ravena Creole

 Nos anos 2000, Com a cultura pop cada vez mais disseminada com ajuda da internet e a comunidade gay mais participativa e abraçada por artistas e pelas artes, a cultura drag ganha o destaque que nunca teve. As drags estão na TV, na música, nas festas e ganharam status de artistas pop.

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Bob The Drag Queen

 Em países como Japão, Indonésia e Índia, o teatro era considerado uma arte a ser passada de geração para geração e somente homens eram incentivados à prática. Os personagens femininos também ficavam a cargo deles. No tradicional Kabuki japonês, as mulheres chegaram a ser banidas durante um grande período por estarem associadas à prostituição.

Maya

 O cenário drag nacional acompanhou de modo geral o internacional. Na televisão, não era estranho homens fazendo papéis de mulheres, especialmente os cômicos. Durante o período da ditadura, a comunidade gay, e consequentemente as drags, perdeu espaço público. Nos anos 90, a cena renasceu e as drags ganharam espaço em clubes e boates gays, especialmente de São Paulo. Márcia Pantera, Sylvetti Montilla e outras fizeram história. Atualmente, São Paulo é o “centro” da cena drag brasileira com festas e uma boate especializada em shows das artistas.

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