Divindades do fogo, das chamas e do calor (Parte 5)

Latiaran

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 A mais nova da tríade de irmãs, As Deusas do Verão, Latiaran é a deusa da colheita. Quando ela foi cristianizada, seu festival passou para o dia 25 de julho, ou o domingo mais próximo disso. Uma história já contada nos tempos cristãos, diz que ela ia à oficina de um ferreiro toda manhã para levar a "semente de fogo". O ferreiro disse à ela que seus pés eram lindos e, quando ela olhou para eles com vaidade, seu vestido pegou fogo. Não a machucou, mas ela desmoronou sob o solo, sob uma pedra em forma de coração. Ela nunca mais foi vista.

Prometeu

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 Prometeu é um titã, filho de Jápeto e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Algumas fontes citam sua mãe como sendo Tétis, enquanto outras, como Pseudo-Apolodoro, apontam para Clímene, filha de Oceano. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Héstia e o dar aos mortais. Zeus (que temia que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses) teria então punido Prometeu por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado - que se regenerava no dia seguinte.

Maui

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 Uma das aventuras mais notórias de Maui seria a pesca lendária da terra firme, ou seja, as ilhas. Conta-se que Maui teria saído para pescar e fisgado as ilhas com seu anzol. Em outra versão da mesma mito, Maui, saindo juntamente com seus irmãos, foi pescar em alto-mar, ao que sem sucesso na pescaria resolveram dormir. Maui, mantendo-se acordado e tendo lançado seu anzol ao mar, fisgou um enorme peixe que logo se descobriu ser uma ilha, porém, houve uma luta tão intensa para puxá-lo que a linha se partiu e o peixe-ilha veio a fugir. A pesca prosseguiu e novamente a mesma situação voltou a acontecer. Entretanto, dessa vez, Maui agarrou com tanta força o peixe-ilha que este terminou por sair parcialmente da água, formando a ilha de Hawaiki (O Peixe de Maui), que seria de onde o povo maori se originou, e, por sua vez, teve sua canoa encalhada e seu anzol transformado-se em uma grande enseada.
 Outra aventura de Maui é o furto do fogo da heroína Mahui-iki que o guardava no mundo subterrâneo onde vivia. Maui a faz retirar todas as suas unhas incandescentes, a fonte do fogo. Entretanto, ao chegar na última delas, a heroína a atirou ao chão dando início a um incêndio onde Maui interveio convocando a chuva que, em seguida, o extinguiu. Mahui-iki recuperou algumas centelhas restantes arremessando-as às árvores que logo queimaram. Depois disso os seres humanos passaram a usar a madeira para fazer o fogo.

Farbauti

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 Na mitologia nórdica, Farbauti é o marido jötunn de Laufey e o pai de Loki , e possivelmente também de Helblindi e Byleistr. Ele é atestado na Prosa Edda, escrita no século 13 por Snorri Sturluson, e na poesia dos Skalds da Era Viking. Acredita-se que o nome e o caráter de Farbauti foram inspirados pela observação dos fenômenos naturais que cercam o surgimento de incêndios florestais. No livro Prosa Edda Gylfaginning, a figura introduzido de High diz que Loki é filho do jötunn Farbauti e que "Laufey ou é sua mãe". Em Skáldskaparmál, Farbauti recebe mais três menções.

Caco

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 Caco era filho do deus do fogo Vulcano, e vivia numa caverna sob o monte Aventino. Segundo Virgílio, na epopeia Eneida, Caco é um gigante semi-humano. Já o poeta Dante Alighieri, na sua Divina Comédia, o retratou como um centauro, irmão dos centauros que guardam o Sétimo Círculo.
 Hércules é o herói da mitologia romana que é conhecido pela sua força e coragem. É filho de Júpiter e de uma mortal. Após ter matado a sua família por loucura, numa tentativa de penitência, Hércules tornou-se servo do rei de Micenas, aceitando cumprir tarefas impossíveis para qualquer mortal. Um dos trabalhos de Hércules consistia em roubar o gado de Gerião, o rei de Tartesso. Depois de terminada a tarefa, quando regressava, parou para descansar na casa do rei Evandro. É aqui que Caco aparece em cena: Naquela noite, Caco rouba dois dos melhores touros e quatro novilhos, arrastando o gado pelas caudas com intuito de cobrir as suas pegadas. Quando Hércules despertou, procurou em vão o gado perdido. Porém, quando estava a passar perto da caverna onde Caco estava escondido, um dos novilhos mugiu ruidosamente. Hércules, seguindo o som, encontrou Caco e matou-o, recuperando assim o gado.

Salamandras

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 Salamandras são criaturas mitológicas ligadas ao Fogo. O mito surgiu como derivação da crença de que as salamandras são imunes ao fogoNo Liber de Nymphis, sylphis, pygmaeis et salamandris et de caeteris spiritibus, escrito pelo alquimista Paracelso no século XVI, elas aparecem entre os espíritos elementais, ao lado das ondinas (da água), dos silfos (do ar) e dos gnomos (da terra)É um símbolo da justiça e da paz interior. Na Psicologia analítica de Jung, é associada à transformação e à superação de obstáculos no caminho da individuação.

Cérbero

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 Cérbero era um monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Cérbero era filho de Tifão e Equidna, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão da Nemeia e a EsfingeA descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Eneias, Psiquê e UlissesCérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo. Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.

Kitsune

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 Kitsune é a palavra japonesa para raposa. Raposas são um assunto comum no Folclore Japonês. Kitsune refere-se geralmente neste contexto. Histórias as descrevem como seres inteligentes e com capacidades mágicas que aumentam com a sua idade e sabedoria. Entre estes poderes mágicos, tem a habilidade de assumir a forma humana — normalmente aparecem na forma de uma mulher bonita, uma jovem ou uma velha. Enquanto algumas histórias falam que as kitsunes usam essa habilidade apenas para enganar as pessoas — como muitas vezes fazem em folclores — outras histórias as retratam como guardiãs fiéis, amigas, amantes e esposas. Além da habilidade de assumir a forma humana, elas possuem os poderes de possessão, conseguem gerar fogo das suas caudas e da sua boca, o poder de aparecer nos sonhos e o de criar ilusões. A Kitsune-Bié uma kitsunes com o poder de invocar chamas com a boca e com sua cauda e de transmutar.

Fênix

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 A fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, ressurgia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que lhe permite carregar cargas muito pesadas enquanto voa, lendas havendo nas quais chega a carregar elefantes. Finalmente, pode-se transformar numa ave de fogo. Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria de tamanho igual ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix viveria exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que o seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix emulava-se numa pira funerária. A longa vida da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual. Os gregos parecem ter-se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que outrora habitou o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voaria a Heliópolis, pousaria sobre a pira do Deus , atearia fogo ao seu ninho e iria deixar-se ser consumido pelas chamas, para no final renascer das cinzas. Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix viveria nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos. De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte a aproximar-se, construiria uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas auto-emulava. Dessas cinzas erguer-se-ia então uma nova fênix, que então colocaria piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia de Heliópolis, onde o colocaria no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo decidiu comer carne de fênix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fênix, mas foi assassinado pouco tempo depois.

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