The Woman's Power #7: O Poder da Mulher Indígena



 As pessoas ainda mantém sua mente presa ao passado quando pensam na palavra "indígena". Geralmente surge a imagem do típico "índio" estereotipado: uma pessoa de pele parda, cabelo preto em corte de tigela, tanguinha de palha, riscos no rosto, pena na cabeça e ainda faz "u-mu-mu-mu-mu-mu-mu". Esqueça isso. Se você nem ao menos conversou com uma pessoa indígena nem ouse estigmatizá-la dessa forma.
 Pessoas indígenas são iguais a qualquer outra pessoa. Dirigem, vão à faculdade, usam celulares de última geração, mexem em computadores, usam Facebook, fazem tudo aquilo que você faz.
 Mas, o objetivo não é falar das pessoas indígenas num geral, mas sim das mulheres indígenas, as guerreiras brasileiras. Estou falando de mulheres que só não habitam as lendas e mitologias por ainda estarem vivas!
 Hoje, vamos conhecer cinco mulheres indígenas que têm muito o que nos ensinar!


Imagem de Xapuri


→ Katú Mirim

Imagem de Observatório G


 Katú Mirim é uma rapper e youtuber paulistana, idealizadora do Visibilidade Indígena, responsável por movimentar o empoderamento indígena através das redes sociais. Katú é uma mulher muito importante para toda a discussão política atual, pois regularmente ela fala sobre o quanto a indústria utiliza a cultura indígena para vendê-la como fantasia. Katú Mirim é uma mulher forte e necessária. Um adendo: ela também é lgBt ❤❤


→ Zahy Guajajara

Imagem de Veja


 Zahy se empenhou na carreira de atriz e estou muito a ponto de estrelar em alguns filmes e séries brasileiras. Com o passar do tempo, Zahy começou a perceber um certo preconceito das outras pessoas em relação a pessoas indígenas em diferentes lugares no meio artístico. Para ela, os indígenas já são artistas genuínos, apenas precisam de oportunidade para mostrar o quão bom eles são. Através da militância de Zahy é possível encontrar indígenas fotógrafos, cantores, cineastas, dançarinos, entre muitos outros. Além de atriz, Zahy também é fotógrafa e poetisa.


→ Joenia Wapichana

Imagens de Valor Econômico


 Quando se formou em Direito, Joenia Wapichana, foi acionada por uma vizinha após o filho dela ser preso. Na delegacia, todos contestavam quem ela era e ao dizer que era a advogada do rapaz todos ficaram incrédulos pelo fato dela ser uma advogada indígena. Esse fato se tornou algo marcante para Joenia, pois ela já era a primeira mulher brasileira indígena formada em Direito.


→ Renata Tupinambá

Imagem de CPJ


 Renata Tupinambá é uma roteirista, poeta e produtora de 26 anos. Formada em jornalismo, ela passou a atuar no etnojornalismo e ciberativismo indígena. Renata foi uma das idealizadoras da Rádio Yandê, a primeira rádio online ondígena do Brasil. A indígena diz que trabalhar a comunicação como uma ferramenta de descolonização é uma grande realização.


→ Ana Terra Yawalapiti

Imagem de Povos Indígenas no Brasil


 Ana Terra Yawalapiti ansiava por um lugar em que as mulheres de sua aldeia pudessem se reunir, assim como os homens faziam. a Casa dos Homens é um lugar onde os homens se reúnem para debater e conversar sobre os assuntos da aldeia, a presença das mulheres nesse local é terminantemente proibida. A vontade de levantar a Casa das Mulheres surgiu em 2013 e obviamente não foi bem recebida pelos homens da aldeia. O pai de Ana Terra, com o tempo, passou a apoiar a ideia da filha. Assim, as irmãs Yawalapiti trabalharam sem descanso na construção da Casa das Mulheres, um espaço que servirá para a troca de saberes entre as mulheres, para que elas adquirem mais visibilidade e ainda assumir a liderança nas comunidades e fora delas.



 Espero que tenham gostado do post ❤ Obrigade por terem aguentado todos os parágrafos, e até a próxima!

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