As pessoas ainda mantém sua mente presa ao passado quando pensam na palavra "indígena". Geralmente surge a imagem do típico "índio" estereotipado: uma pessoa de pele parda, cabelo preto em corte de tigela, tanguinha de palha, riscos no rosto, pena na cabeça e ainda faz "u-mu-mu-mu-mu-mu-mu". Esqueça isso. Se você nem ao menos conversou com uma pessoa indígena nem ouse estigmatizá-la dessa forma.
Pessoas indígenas são iguais a qualquer outra pessoa. Dirigem, vão à faculdade, usam celulares de última geração, mexem em computadores, usam Facebook, fazem tudo aquilo que você faz.
Mas, o objetivo não é falar das pessoas indígenas num geral, mas sim das mulheres indígenas, as guerreiras brasileiras. Estou falando de mulheres que só não habitam as lendas e mitologias por ainda estarem vivas!
Hoje, vamos conhecer cinco mulheres indígenas que têm muito o que nos ensinar!
![]() |
Imagem de Xapuri |
→ Katú Mirim
![]() |
Imagem de Observatório G |
Katú Mirim é uma rapper e youtuber paulistana, idealizadora do Visibilidade Indígena, responsável por movimentar o empoderamento indígena através das redes sociais. Katú é uma mulher muito importante para toda a discussão política atual, pois regularmente ela fala sobre o quanto a indústria utiliza a cultura indígena para vendê-la como fantasia. Katú Mirim é uma mulher forte e necessária. Um adendo: ela também é lgBt ❤❤
→ Zahy Guajajara
![]() |
Imagem de Veja |
Zahy se empenhou na carreira de atriz e estou muito a ponto de estrelar em alguns filmes e séries brasileiras. Com o passar do tempo, Zahy começou a perceber um certo preconceito das outras pessoas em relação a pessoas indígenas em diferentes lugares no meio artístico. Para ela, os indígenas já são artistas genuínos, apenas precisam de oportunidade para mostrar o quão bom eles são. Através da militância de Zahy é possível encontrar indígenas fotógrafos, cantores, cineastas, dançarinos, entre muitos outros. Além de atriz, Zahy também é fotógrafa e poetisa.
→ Joenia Wapichana
![]() |
Imagens de Valor Econômico |
Quando se formou em Direito, Joenia Wapichana, foi acionada por uma vizinha após o filho dela ser preso. Na delegacia, todos contestavam quem ela era e ao dizer que era a advogada do rapaz todos ficaram incrédulos pelo fato dela ser uma advogada indígena. Esse fato se tornou algo marcante para Joenia, pois ela já era a primeira mulher brasileira indígena formada em Direito.
→ Renata Tupinambá
![]() |
Imagem de CPJ |
Renata Tupinambá é uma roteirista, poeta e produtora de 26 anos. Formada em jornalismo, ela passou a atuar no etnojornalismo e ciberativismo indígena. Renata foi uma das idealizadoras da Rádio Yandê, a primeira rádio online ondígena do Brasil. A indígena diz que trabalhar a comunicação como uma ferramenta de descolonização é uma grande realização.
→ Ana Terra Yawalapiti
![]() |
Imagem de Povos Indígenas no Brasil |
Ana Terra Yawalapiti ansiava por um lugar em que as mulheres de sua aldeia pudessem se reunir, assim como os homens faziam. a Casa dos Homens é um lugar onde os homens se reúnem para debater e conversar sobre os assuntos da aldeia, a presença das mulheres nesse local é terminantemente proibida. A vontade de levantar a Casa das Mulheres surgiu em 2013 e obviamente não foi bem recebida pelos homens da aldeia. O pai de Ana Terra, com o tempo, passou a apoiar a ideia da filha. Assim, as irmãs Yawalapiti trabalharam sem descanso na construção da Casa das Mulheres, um espaço que servirá para a troca de saberes entre as mulheres, para que elas adquirem mais visibilidade e ainda assumir a liderança nas comunidades e fora delas.
Espero que tenham gostado do post ❤ Obrigade por terem aguentado todos os parágrafos, e até a próxima!
0 Comentários
Comente aqui!