O Flautista de Hamelin e o DOMÍNIO através da MÚSICA

 

Arte de A, Richter

 Oi amigos!

 O post de hoje é sobre a história do flautista de Hamelin. Esse é um conto muito antigo que chegou a passar nas mãos dos famosos Irmãos Grimm. Espero que gostem!

 A história se passa em 1284, na cidade de Hamelin, Alemanha. O povo de Hamelin estava sendo atormentado por uma infestação de ratos que aumentava cada vez mais. Um dia, sabendo do mal que incomodava a cidade, um homem de vestes coloridas chamado Bunting anunciou-se como caçador de ratos, e que através de sua especialização iria resolver o problema. Dirigiu-se ao rei e o mesmo lhe prometeu um pagamento muito alto: uma moeda de ouro para cada cabeça de rato, dando ao todo mil florins. Obviamente, o caçador aceitou o acordo e se dirigiu às ruas de Hamelin, onde - portando uma flauta - o caçador se pôs a flautear.

Arte de Jenimal

 Tão rápido o povo agraciou-se com seu talento, não utilizava de armadilhas nem armas afiadas em sua caça, mas sim de sua flauta. O caçador, enquanto tocava sua flauta, atraía os roedores que corriam em seu encalço como se estivessem hipnotizados. Estando sob o domínio de Bunting, os ratos correram até o Rio Weser, onde se afogaram um por um.

Arte de OmriKoresh

 Obtendo sucesso em sua missão, o flautista agora estava diante do rei, esperando que vossa majestade lhe recompensasse por seu trabalho bem feito. Porém, o rei lhe disse que o homem não cumpriu o acordo já que não havia nenhuma cabeça de rato para ser trocada pelas moedas de ouro (ou florins). Assim, o flautista enfurecido deixou a cidade de Hamelin, tramando sua vingança sobre todo o povo.

Via Pinterest

 Semanas depois, no dia de São João, Bunting voltara à cidade, mas agora com outro semblante e um chapéu avermelhado. Não estava ali para caçar pragas roedoras, mas sim algo bem maior. Com a flauta em seus lábios, o homem flauteou e flauteou. Mas desta vez, nenhum rato estaria correndo em seu encalço, hipnotizado por sua música, mas sim as crianças que habitavam Hamelin. Cento e trinta crianças foram enfeitiçadas por Bunting, e levadas para fora da cidade. Agora longe de seus pais - que estavam, durante o ocorrido, na igreja - as crianças hipnotizadas pelo homem foram levadas a uma caverna - localizada na montanha Koppenberg. Logo quando as crianças adentraram a caverna, o flautista a selou, deixando as crianças presas lá para sempre.

Arte de Lui-Gon-Jinn

 Ao perceberem o sumiço de seus filhos e filhas, os moradores se desesperaram, mas não havia o que pudesse ser feito. Apenas três das cento e trinta crianças foram deixadas para trás. Uma das três crianças era surda e não conseguia ouvir a música; outra era cega e não conseguia ver para onde estavam indo; e a última era manca, portanto, não conseguia acompanhar as outras. A cidade, então, passou a ser coberta por um imenso manto de silêncio e tristeza, que se sucedeu por anos.

Arte de John LaFarge

 Lendas antigas davam ao flautista a alcunha de "personificação da morte", responsável por guiar as crianças que vinham a óbito por causas naturais, sendo os ratos a personificação da Peste Negra.



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