Quando se fala em seres místicos, é comum associar isso a lagartos alados gigantes que soltam baforadas de fogo, mulheres pequeninas com asas de borboleta e domínio sobre a natureza, cães tricéfalos infernais devoradores de almas, entre muitos outros.
As diferentes capacidades naturais destes seres, junto a uma série de características físicas exuberantes, é o que compõe um "ser encantado", uma criatura que se destaca das demais com que vivemos nosso dia a dia, seja no campo ou na cidade.
Hoje, eu irei apresentar-lhes 25 animais que se destacam na natureza por conta de sua beleza encantadora e suas características peculiares!
1º Phycodurus Eques, mais conhecido como Dragão-Marinho-Folhado
O dragão-marinho-folhado é um animal originário das costas sul e oeste da Austrália. Suas caraterísticas principais são os ramos que se estendem pelo seu corpo, e que possuem a aparência de folhas, característica essa que lhe deu seu nome.
Esta espécie de lesma-do-mar pode ser encontrada nas cores marrom, cinza, amarelo, vermelho, preto, branco, bronze, verde e laranja.
O dragão-marinho-folhado é capaz de se camuflar no ambiente para evitar predadores, e é uma das poucas espécies marinhas que não nadam muito bem, sempre flutuando com as correntezas ao invés de exercitar seus membros para nadar.
Eles se alimentam de pequenos peixes e crustáceos. Além disso, o dragão-marinho-folhado é parente do cavalo-marinho e do peixe-cachimbo.
2º Costasiella Kuroshimae, mais conhecida como Ovelha-Folha
A ovelha-folha é um animal originário das águas rasas do Japão, da Indonésia e das Filipinas. Também é conhecida como Lagarta do Oceano Salgado.
Ela tem dois olhos escuros e duas antenas chamadas rinóforos localizadas no topo de sua cabeça e seu corpo é revestido por membranas semelhantes a folhas. Os rinóforos em sua cabeça detectam produtos químicos na água, o que permite que a ovelha-folha encontre fontes de alimento.
Esta pequena lesma do mar é capaz de realizar um processo chamado cleptoplastia, no qual ela retém os cloroplastos das algas das quais se alimentam, permitindo que a ovelha-folha realize indiretamente a fotossíntese.
3º Glaucus Atlanticus, mais conhecido como Dragão-Azul
O dragão-azul é um animal muito encontrado nas águas tropicais e subtropicais de todo o mundo, sendo uma espécie de lesma-do-mar também conhecida como Anjo Azul e Andorinha do Mar.
Esta criatura pode se alimentar de outros da sua espécie, mas sua presa favorita são as Caravelas-Portuguesas, uma espécie de água-viva cujo contato com um ser humano pode levar à morte. Além disso, o dragão-azul também se alimenta do Veleiro (Velella Velella), do Botão-Azul (Porpita Porpita) e do Caracol-Violeta (Janthina Janthina).
Ele possui um veneno mortal para os humanos, que pode gerar queimaduras de até terceiro grau.
Este veneno mortal é composto principalmente por nematócitos (ou células urticantes) que são injetados na pele da vítima, e seu processo danoso ocorre lentamente.
O dragão-szul mede de 3 a 4 cm de comprimento, mas alguns espécimes podem atingir os 7 cm. Seu padrão de cores pode variar entre azul-prateado, azul-pálido, azul-escuro e preto.
Esta lesma-do-mar flutua de cabeça para baixo usando a tensão superficial da água para assim se manter no ar, sendo levado pelas correntezas do oceano ao invés de nadar normalmente.
Os dragões-azuis são hermafroditas, e muitas vezes colocam seus ovos em pedaços de madeira ou carcaças. Ao se alimentar de outra espécie igualmente venenosa, o dragão-azul armazena o veneno de sua presa em seu próprio corpo, usando-o para se defender de predadores.
4º Vulpes Zerda, mais conhecido como Feneco
O Feneco, também conhecido como raposa-do-deserto, é um canídeo nativo do deserto do Saara e da Península do Sinai, sendo o menor de todos os canídeos.
Ele possui um corpo pequeno, patas peludas e orelhas grandes, utilizadas para regular o calor. Sua pelagem e suas funções renais são adaptadas às altas temperaturas e à escassez de água. O feneco ainda possui uma sensibilidade auditiva, sendo altamente capaz de detectar presas através da audição.
Ele se alimenta de invertebrados e pequenos vertebrados, mas também pode se alimentar de frutas e tubérculos.
O feneco muda sua pelagem do verão para o inverno, e sua capacidade de escavar lhe concede uma vantagem competitiva em solos áridos, principalmente por fazer sua toca na areia. Sua pelagem amarelada lhe ajuda a se camuflar na areia, e a comunidade em que vive geralmente é composta por até dez membros.
5º Cyanocitta Cristata, mais conhecido como Gaio-Azul
O gaio-azul é uma ave originária da América do Norte, sendo membro da família dos corvos. Assim como outros de sua família, o gaio-azul pode imitar muitos sons, como a voz humana por exemplo.
Sua paleta de cores consiste numa plumagem azul na cabeça, no dorso, nas asas e na cauda; plumagem branco-acinzentada no resto do corpo; e listras pretas na face, nas pontas das asas e na cauda.
A coloração do gaio-azul não se dá por causa de pigmentos, mas sim por um processo chamado refração da luz nas penas. Se uma de suas penas for esmagada, a cor azul desaparece, sendo este um efeito chamado coloração estrutural.
Por mais que sua aparência denote graça e beleza, o gaio-azul é um animal agressivo que costuma afastar outras aves de locais onde há comida. Ele ainda pode atacar qualquer predador que se aproxime do seu ninho, como aves de rapina e humanos.
Quando jovem, o gaio-azul desenvolve o costume peculiar de colecionar objetos brilhantes, como tampas de garrafas e pedaços de folha de alumínio.
Um dos alimentos favoritos do gaio-azul é a bolota, o fruto do carvalho. Ele também pode se alimentar de sementes, grãos, frutas, bagas, insetos, pão, ovos, carne, entre muitos outros alimentos.
6º Trachycephalus Resinifictrix, mais conhecida como Rã-Missionária-de-Olhos-Dourados
A rã-missionária-de-olhos-dourados é uma espécie de rã originária da Floresta Amazônica, na América do Sul, e atende também pelo apelido de Sapo-de-Leite-Azul. Ela foi descoberta pela primeira vez ao longo do rio Maracanã, no Brasil.
Sua paleta de cores inclui uma cor cinza-claro com faixas marrons ou pretas quando adultos; seu sangue é de um tom azul capaz de ser visto através de sua pele ou na área interna da boca e nas pontas dos pés.
Quando estressadas, essas rãs excretam um fluido leitoso, um detalhe que acabou lhe atribuindo o nome de Sapo-de-Leite-Azul.
7º Cyerce Elegans, mais conhecida como Lesma-do-Mar-Sugadora-de-Seiva
A Cyerce Elegans é uma espécie de lesma do mar originária do Mar de Sulu, no Oceano Pacífico.
Esta criatura possui grandes ceratas em forma de folha que são descartadas quando ela sente algum tipo de perturbação.
Sua paleta de cores diverge entre uma cor de creme translúcida para um marrom escuro. Suas ceratas dão a ideia de que sua textura é análoga a de um travesseiro.
8º Ailurus Fulgens, mais conhecido como Panda-Vermelho
O Panda-Vermelho, também conhecido como panda-ruivo, raposa-de-fogo ou gato-de-fogo, é um animal nativo das regiões montanhosas do Himalaia e do sul da China.
Sua paleta de cores mostra uma predominância das cores castanho-avermelhada, preto, branco e castanho-escuro em sua pelagem, além de ser bem característico do panda-vermelho ter uma cauda comprida e felpuda, e ainda ter um andar com gingado devido aos seus membros dianteiros serem curtos.
Pandas-vermelhos são solitários e territorialistas, e se alimentam principalmente de bambu, mas também podem se alimentar de ovos, pássaros, insetos e pequenos mamíferos.
Na China, o panda-vermelho é conhecido como "Pequeno Urso-Gato", pois antes achavam que ele era parente de uma espécie de urso pequeno, além de seu andar semelhante ao de um gato. No entanto, o panda-vermelho não é um urso, nem é parente do panda-gigante. Este animalzinho faz parte da linhagem Musteloidea (onde se encontram os guaxinins, por exemplo), e sempre provou sua independência de seus parentes próximos, sendo reconhecido como um animal de alto nível de distinção no meio taxidermista.
9º Esqueleto-de-Panda, mais conhecido como Ascídia
O esqueleto-de-panda é uma espécie de ascídia, um organismo séssil (ou seja, fixado em uma superfície sólida) comum em áreas profundas do Oceano Pacífico, e exerce diversas funções fundamentais no meio ambiente, servindo de abrigo e alimentação para várias espécies.
Quase todas as ascídias são hermafroditas, além de serem capazes de atingir a maturidade sexual rapidamente e possuir tolerância a uma variedade de ambientes.
Na culinária, as ascídias são comercializadas com o nome de "violetas do mar", sendo presas naturais de vários animais além dos humanos, como os caranguejos, estrelas do mar, peixes, pássaros e lontras marinhas.
Como mecanismo de defesa, muitas ascídias são capazes de ingerir e armazenar uma alta concentração de vanádio no sangue, sendo tóxico para muitos predadores e usado potencialmente em produtos farmacêuticos.
O esqueleto de panda se alimenta geralmente de plânctons e detritos, e recebe o nome alternativo de esguicho do mar, pois ao ser retirado da água, ele lança um jato de água através dos seus sifões.
10º Canis Lupus Dingo, mais conhecido como Dingo
O dingo é uma espécie de canídeo nativo da Austrália, sendo considerado o maior predador terrestre do país.
Ele se alimenta de coelhos, cangurus e ratos, e muitos criadores de gado consideram o próprio dingo uma praga por conta dos ataques que ele faz aos rebanhos. Além dos já citados, cerca de 170 espécies diferentes (de insetos a búfalos) foram identificados como parte da dieta do dingo.
Ele habita comumente pastagens, desertos e bordas de florestas, além de fazer sua toca em buracos de coelhos ou troncos caídos próximos a lagos.
Uma enorme cerca foi construída na Austrália com cerca de 8500 km de comprimento, com o único objetivo de afastar os dingos dos rebanhos. Esta cerca possui um custo de manutenção de dez milhões de dólares anuais, e é bastante efetiva contra estes cães.
Sua paleta de cores pode variar de uma pelagem de cor castanho-avermelhada a bronze, preto, marrom-claro, branco ou creme. As mudanças climáticas na Austrália provocaram o desenvolvimento de diversos tipos de dingos. Os dingos que habitam o deserto podem ter pelagem vermelha, amarela ou dourada; já os dingos que habitam as montanhas australianas possuem pelagem de cor creme; enquanto os dingos do norte são mais magros e não possuem pelagem dupla como os citados anteriormente.
Os dingos são totalmente selvagens e nunca devem ser domesticados, pois são lobos de porte grande e vivem em matilhas. Acredita-se que os dingos teriam sido cães domésticos por volta de quatro mil anos atrás, mas acabaram sendo abandonados, tendo que instintivamente retornar ao seu estado selvagem devido à necessidade de sobreviver sem um tutor humano.
Além disso, dingos são bastante sensíveis a mudanças ambientais, portanto, estar longe de seu habitat e de sua matilha pode fazer com que ele sinta tédio, tristeza e acabe até mesmo adoecendo.
Esses lobos possuem uma excelente visão, e são capazes de girar suas cabeças em até cento e oitenta graus, enquanto uma coruja atinge um limite de duzentos e setenta graus e um humano possui um limite de giro de apenas setenta graus.
Além disso, assim como os humanos, os dingos possuem pulsos que giram, ou seja, eles são capazes de agarrar suas presas como se tivessem mãos humanas. Isso os torna aptos a subir em árvores e até mesmo abrir portas.
A rã-flecha-azul é uma espécie encontrada em florestas úmidas e frias de países como Brasil, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Trata-se de um animal de hábitos diurnos e que é até popular no comércio de animais de estimação. A rã-flecha-azul possui uma estimativa de vida de cinco a sete anos na natureza.
Sua paleta de cores mostra braços e pernas azul-escuros brilhantes ou azuis-celestes, com os lados quase sem marcas, a cabeça e as costas cobertas com manchas redondas grandes e pequenas. A parte inferior de seu corpo é azul claro com manchas pretas redondas, especialmente no peito, e às vezes com uma faixa mais escura no meio da barriga. Os machos têm discos de dedos maiores que as fêmeas.
O veneno da rã-flecha-azul é capaz de paralisar e até matar um predador. Em cativeiro, as rãs podem perder sua toxicidade devido a dietas alternativas. Elas se alimentam de formigas de fogo, insetos, besouros, aranhas, cupins, vermes e lagartas.
12º Maine Coon
O maine coon é considerado a maior raça de gatos do mundo, tendo 1 metro de comprimento e pesando de 12 a 14 kg. Essa raça, como o nome diz, se originou no estado do Maine, nos Estados Unidos, e os primeiros registros de sua existência datam de 1850.
O maine coon possui diversos traços marcantes, como sua pelagem longa, densa e macia, que lhe dá uma juba elegante de leão. Ele possui um corpo musculoso e forte, além de orelhas triangulares e uma cabeça pequena. Os olhos deste gato podem variar entre as cores verde, cobre ou âmbar.
O maine coon é um amante de água e adora tomar banho, um fato que não se vê normalmente entre os gatos. Sua pelagem pode ter diversas cores, sendo isso o que define o valor do maine coon já que algumas cores de pelagens são mais raras que as outras. Esses gatos podem ser encontrados nas cores branco, laranja, marrom, preto, cinza e até tricolor.
A relação dos maine coons com os humanos é impressionante. Eles são dóceis e amigáveis, adoram brincar e acompanhar seus tutores, além de serem muito fáceis de agradar. São muito inteligentes e se adaptam facilmente a novos ambientes, além de serem as melhores companhias de crianças pequenas e não se incomodarem com a presença de cães ou outras espécies.
13º Pavo Cristatus, mais conhecido como Pavão-Azul
Proveniente do subcontinente indiano e símbolo do país, o pavão-azul é um animal cujo habitat natural são pradarias secas semidesérticas, matagais e florestas perenifólias. Estas aves costumam dormir nos topos das árvores, ao mesmo tempo em que se alimentam e criam seus ninhos no chão.
As fêmeas possuem uma paleta de cores que inclui marrom, cinza e creme. Enquanto isso, os machos da espécie possuem uma paleta de cores mais variada, tendo o peito e o pescoço da cor azul, uma cauda que apresenta as cores preto, verde, dourado e marrom, além de manchas em formatos de olhos. Sua beleza vem de sua plumagem iridescente azul-esverdeada, característica muito apreciada pelas fêmeas.
O pavão-azul costuma se alimentar de insetos, sementes, répteis, folhas e frutos. Sua expectativa de vida vai de 10 a 18 anos em cativeiro, sendo uma espécie de ave solitária e isolada.
Por conta de alterações genéticas, o pavão-azul se dividiu em mais três subespécies, o pavão-branco, o pavão-arlequim e o pavão-de-ombros-negros.
14º Jorunna Parva, mais conhecido como Coelho-do-Mar
O coelho-do-mar é uma espécie de lesma-do-mar vista pela primeira vez em 1938. Ele possui apenas dois centímetros de comprimento, e pode ser encontrado em Filipinas, Tanzânia, Papua Nova Guiné, Seychelles e Réunion.
O que lhe deu o apelido de "coelho-do-mar" são seus rinóforos semelhantes a pequenas orelhas de coelho. Esses rinóforos são utilizados por ele para identificar comida, odores e organismos estranhos presentes na água. Além dos rinóforos presentes em sua cabeça, o coelho-do-mar ainda possui cariofilídios, que são sensores espalhados por todo o seu corpo. Sua paleta de cores pode variar entre branco, amarelo, verde e marrom.
Estas criaturas vêm da família dos nudibrânquios, e por se alimentarem de esponjas-do-mar, o coelho-do-mar possui algumas toxinas em seu organismo que fazem mal a muitos predadores. Além disso, assim como a Ovelha-Folha, alguns coelhos-do-mar são capazes de realizar fotossíntese ao sugar as células das algas, incorporando-as e adquirindo assim a capacidade de se sustentar através da luz, podendo ficar sem se alimentar durante meses. Estas pequenas lesmas-do-mar ainda são hermafroditas, e costumam passar grande parte de seu tempo no fundo de águas tropicais.
15º Appaloosa, mais conhecido como Cavalo-Pintado
O cavalo-pintado é uma raça equina muito antiga proveniente dos Estados Unidos, e sua paleta de cores é uma herança de cavalos primitivos representados em pinturas rupestres datadas de até 18.000 anos A.E.A.
Enquanto os indígenas americanos utilizavam os cavalos-pintados para a guerra e a caça, a nobreza chinesa utilizava estes animais como artigos de luxo e apreciação.
Sua paleta de cores é uma das mais diversas dentre os vinte e cinco animais apresentados neste artigo, já que essa espécie pode apresentar até cinco pelagens diferentes, sendo elas: leopardo, copo de neve, malhado, marmóreo e claro. O appaloosa ainda pode apresentar manchas coloridas de cores mais vivas nos machos e mais neutras nas fêmeas (como no caso do pavão-azul), além de raios verticais de cor clara e escura na parte dos cascos.
16º Cebuella Pygmaea, mais conhecido como Sagui-Pigmeu
O sagui-pigmeu, conhecido como a menor espécie símia existente na Terra, pode ser encontrado no Brasil, na Colômbia, no Equador e no Peru.
Eles medem 13cm de altura e sua paleta de cores inclui um pelo marrom-dourado, preto, amarelo claro e branco.
Por mais que seja um bom saltador, o sagui-pigmeu não é muito eficiente em seus saltos, portanto, raramente o faz.
Seu habitat inclui florestas tropicais e pântanos. Sua dieta é constituída por fluidos de árvores (como seiva, goma e látex), frutas e artrópodes.
O sagui-pigmeu frequentemente concebe gêmeos fraternos, e é um animal capaz de impedir sua reprodução através da supressão hormonal.
17º Ochotona Curzoniae, mais conhecido como Pika-de-Lábios-Negros
O pika-de-lábios-negros é um animal que pode ser encontrado na China, no Paquistão, na Índia e no Nepal. Ele habita altos desertos alpinos, estepes, prados e florestas tropicais e subtropicais montanhosas. Sua paleta de cores consiste nas cores vermelho-bronze e amarelo claro.
Os pikas desempenham um papel important e na reciclagem de nutrientes para o solo, fornecendo alimento para raposas, doninhas, falcões, gatos-do-mato, bútios-da-terra e corujas. Esses pequenos mamíferos aumentam a riqueza vegetal, e suas tocas fornecem ninhos para pequenos pássaros e répteis. Além disso, a espécie ainda ajuda a arejar o solo através da escavação.
Os principais predadores dos pikas-de-lábios-negros são os ursos marrons. São animais sociais, mas podem se comportar de forma agressiva em relação a predadores. Eles não hibernam, mas possuem uma alta taxa metabólica de repouso e podem produzir leptina, um hormônio regulador da termogênese.
Os pikas se alimentam de plantas como junco de pântano, gramíneas, krobesia, relva e perenes. Por mais que eles desempenhem uma função importante no cuidado da natureza, estes animais também são vistos como pragas por se alimentarem das mesmas plantas que o gado de agricultores chineses se alimentam, desencadeando o uso de veneno para matar os pikas.
18º Galago Senegalensis, mais conhecido como Jangra do Senegal
O Jangra do Senegal é um primata de hábitos noturnos que possui um outro apelido, "Bebê do Mato", por conta de sua aparência pequenina e "fofa". A espécie é conhecida por ser bastante ágil nas habilidades de corrida e salto.
Os jangras podem ser encontrados na África do Sul, e habitam florestas secas e savanas. Eles possuem uma boa visão noturna, membros fortes, longas caudas que possibilitam seu equilíbrio e orelhas capazes de se dobrar para trás individualmente.
Sua paleta de cores inclui cinza-prateado e marrom-escuro.
São criaturas que se alimentam de pássaros, insetos, frutas, sementes, flores, ovos, nozes e gomas de árvores. Seus principais predadores são os chimpanzés, que costumam caçar os jangras com lanças feitas de galhos de árvores que eles afiam com os dentes. Outra tática usada pelos chimpanzés é simplesmente perseguir os jangras e quebrar seus crânios em uma rocha.
19º Setonix brachyurus, mais conhecido como Quokka
O Quokka é um marsupial parente dos cangurus e das capivaras. Ele tem o tamanho de um gato doméstico e possui hábitos noturnos. Essa espécie pode ser encontrada nas florestas da Austrália, onde vive escalando árvores e arbustos, e utiliza dos espigões das plantas para se proteger e se esconder.
Sua paleta de cores é constituída apenas por um marrom-grisalho.
O quokka pode viver por até dez anos. Durante sei meses, a fêmea da espécie guarda seu filhote em sua bolsa, assim como seu parente, o canguru.
Seu nome vem do idioma indígena 'noongar', que outrora se referia ao quokka como gwaga. Hoje em dia, o povo Noongar conhece o quokka como ban-gup, bungeup e quak-a. O som que os quokkas fazem é chamado de ruminar, sendo semelhante ao som que as vacas produzem.
Os predadores dos quokkas são raposas vermelhas, cobras, cães e gatos. Sua alimentação é baseada em gramíneas, juncos e folhas. Alimentá-los com comidas humanas pode causar-lhes desidratação e desnutrição.
Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção, tendo apenas quatro mil habitando a região da Austrália. Ainda assim, os quokkas não têm medo dos humanos e são bastante sociais, porém, é comum a ocorrência de casos de crianças que foram mordidas por quokkas. Além disso, a espécie é altamente prejudicial aos humanos por conta de sua alta taxa de infecção por salmonela.
Os quokkas são conhecidos como os animais mais felizes do mundo por serem capazes de sorrir, sendo vistos como símbolos de positividade.
20º Petaurus Breviceps, mais conhecido como Petauro-do-Açúcar
O Petauro-do-Açúcar é uma espécie de gambá pequeno que pode ser confundido com o esquilo-voador por conta de sua capacidade de planar no ar, mas estes dois animais não compartilham nenhum parentesco, sendo apenas um exemplo de evolução convergente.
Sua paleta de cores inclui cinza-claro, cinza-azulado, amarelo, castanho, branco, creme, preto e marrom-claro. Esta espécie é nativa do sudeste da Austrália, mas também pode ser encontrada em Papua Nova Guiné, EUA e Indonésia.
Os principais predadores do petauro-do-açúcar são as corujas, as goanas, as cobras, os gatos selvagens, as cucaburras e os quolls. Ele é capaz de enxergar à noite e suas orelhas giram no intuito de auxiliar na localização de uma presa no escuro. Além disso, seus olhos afastados permitem uma triangulação precisa no momento de pouso durante o planeio.
Sua expectativa de vida varia entre 9 a 17 anos. Eles são capazes de tolerar temperaturas do ar ambiente de até 40ºC.
O petauro-do-açúcar se alimenta comumente de seiva de eucalipto, goma de acácia, maná, lerp, néctar, pólen, fungos, frutas, sementes, lagartos, pequenos pássaros, ovos de pássaros e artrópodes.
Eles são bastante sociáveis e por vezes são tidos como animais de estimação exóticos. Entre os membros de sua espécie, os petauros-do-açúcar se comunicam por meio de odores químicos utilizados para marcar território, transmitir o estado de saúde e marcar a posição dos membros na comunidade.
21º Sagittarius Serpentarius, mais conhecido como Secretário
O Secretário é uma ave cujo nome científico significa "arqueiro das cobras" e suas longas pernas são revestidas por uma grossa camada escamosa que protege o secretário das picadas de répteis. Seu corpo é semelhante ao de uma águia e suas pernas são semelhantes às de um grou.
Ele é endêmico da África, mas já foi visto no Senegal e na Somália, sendo encontrado geralmente em pastagens abertas, savanas da região subsaariana, planícies costeiras, terras altas, matagais e florestas densas, sempre evitando desertos e lugares áridos e secos.
Para se alimentar, o secretário caça e captura suas presas no chão, pisoteando-as até a morte. Sua dieta é composta por gafanhotos, vespas, besouros, roedores, sapos, lagartos, pequenas tartarugas, pombas, cotovias, toutinegras, pequenos calaus, cobras e galinhas domésticas.
Sua paleta de cores envolve um rosto vermelho-alaranjado, plumagem cinza, crista escura e penas e coxas pretas, mas podem exibir tons como branco, cinza-azulado, amarelo, marrom-claro, cinza-rosado, branco-acinzentado, laranja e marrom.
O secretário compõe os brasões do Sudão e da África do Sul, representando o crescimento, a inteligência e a proteção contra serpentes.
Sua expectativa de vida é de 1 a 15 anos na natureza e 19 anos em cativeiro. O macho e a fêmea se responsabilizam pela incubação dos ovos e alimentação dos filhotes, estes os quais podem ser predados por corvos, calaus e corujas.
O povo Maasai utiliza o secretário na medicina tradicional, já que suas penas, quando queimadas e inaladas, são usadas no tratamento de epilepsia; enquanto os ovos podem ser consumidos com chá duas vezes ao dia para tratar dores de cabeça; e sua gordura pode ser fervida e bebida para crescimento infantil e melhorar a saúde do gado.
22º Caracal Caracal, mais conhecido como Lince do Deserto
O Lince do Deserto, Lince Persa ou Caracal, é uma espécie de gato selvagem proveniente da África, Oriente Médio, Ásia Central, Paquistão e Índia.
Ele possui hábitos noturnos e é capaz de saltar até três metros de altura, podendo pegar pássaros no ar. Seu habitat inclui florestas, savanas, planícies montanhosas, semidesertos, matagais, áreas secas com baixa pluviosidade e disponibilidade de cobertura. Além de ser um grande velocista e acrobata, o lince do deserto ainda é um exímio alpinista.
Sua paleta de cores inclui marrom-avermelhado, marrom-arenoso, preto e vermelho. Seu nome foi proposto por Georges Buffon em 1761, que utilizou o nome turco 'Kara-coulac', que significa "gato com orelhas pretas".
O caracal é comumente confundido com um lince por conta dos dois possuírem tufos nas pontas de suas orelhas, contudo, há uma única diferença entre estes gatos: os linces mostram manchas em suas pelagens, enquanto os caracais não apresentam esta característica.
A espécie pode se alimentar de vários animais, como o xipene-do-cabo, o duiker, o rato vlei do arbusto, a cabra-de-lepe, o kudu, a lebre-do-cabo, o impala, o chango-da-montanha, o damão-do-cabo, além de se alimentarem também de lagartos, cobras e insetos. O caracal ainda pode comer gramíneas e uvas para ajudar a limpar o sistema imunológico e o estômago de quaisquer parasitas.
Ele possuía um significado religioso muito forte no antigo Egito, já que acreditava-se que suas esculturas guardavam os túmulos dos faraós.
Em outras culturas, sua pele era usada para fazer casacos; em outras, eram colocados vários da espécie em uma arena cheia de pombos, e as pessoas apostavam em qual caracal iria matar o maior número de pombos; na China, os imperadores usavam caracais como presente; na Índia, os caracais eram usados para caçar pelos imperadores mongóis.
23º Phocoena Sinus, mais conhecido como Vaquita
A Vaquita é uma espécie não-migratória de boto que habita águas turvas quentes e lagoas rasas. Estima-se que seja capaz de viver até os vinte e um anos.
A espécie é endêmica do México, e seu nome significa "vaquinha" em espanhol. As vaquitas se encontram em perigo iminente de extinção, havendo apenas dez membros da espécie em todo o mundo.
Sua paleta de cores inclui cinza médio a escuro na parte superior que se desbota para um tom esbranquiçado na parte inferior. As vaquitas possuem manchas pronunciadas nos lábios, grandes anéis pretos nos olhos e uma linha escura que vai do queixo até a base das nadadeiras.
A espécie se alimenta de lulas, caranguejos e pequenos peixes que vivem no fundo do mar, sendo uma espécie generalista.
24º Tyto Alba, mais conhecida como Coruja-das-Torres
A Coruja-das-Torres, também conhecida como Coruja-da-Igreja, Coruja-Branca, Graxadeira, Coruja-Tesoureira, Rasga-Mortalha, Coruja-do-Campanário, Coruja-de-Celeiro ou Suindara, é uma ave muito importante para os humanos, já que é responsável por consumir muitos roedores que circulam próximos às casas.
No Brasil, a Rasga-Mortalha é considerada uma ave de mau agouro, e seu canto seria um prenúncio da morte de alguém. Ela recebe o nome de Coruja-das-Torres por nidificar em torres de igrejas e locais habitados por humanos.
Ela se separa das demais corujas por conta de sua estrutura única, já que ela possui dois discos faciais bem destacados, em forma análoga a um coração, que ajuda a levar o som até a entrada dos ouvidos externos.
A Suindara pode ser encontrada em todos os continentes do mundo, menos na Antártica. Ela se alimenta de roedores, insetos, morcegos, marsupiais, anfíbios, répteis e outras aves.
25º Ambystoma Mexicanum, mais conhecido como Axolote
O Axolote é uma espécie de salamandra endêmica do México. Na mitologia asteca, esses animais-marinhos seriam a reencarnação do antigo deus Xolotl, o deus do fogo e da iluminação.
Sendo um animal neotênico, o axolote mantém as características de sua fase larval mesmo depois de atingir a idade adulta. Eles são amplamente utilizados em pesquisas científicas por conta de sua capacidade de regenerar membros, brânquias, olhos e cérebro.
Sua paleta de cores pode incluir um corpo de cor marrom com manchas douradas e um subtom de oliva; ou um corpo rosa-claro com olhos pretos; ou um corpo dourado com olhos dourados; ou um corpo cinza com olhos pretos; ou um corpo rosa-claro desbotando para um branco com olhos vermelhos; ou um corpo preto ou azul sem manchas ou subtons.
Os axolotes possuem uma capacidade inferior de alterar sua cor para fornecer melhor uma camuflagem, podendo alterar o tamanho relativo e a espessura de seus melanóforos.
Este animal é carnívoro e costuma se alimentar de pequenas presas, como moluscos, vermes, insetos, artrópodes e pequenos peixes.
Além de serem usados em estudos científicos sobre a regeneração, os axolotes ainda são usados em estudos de defeitos cardíacos e estudos do tubo neural. Eles são capazes de regenerar apêndices perdidos, cauda, membros, sistema nervoso central e tecidos do olho e do coração durante meses inteiros.
O axolote possui o maior genoma animal já concluído, tendo uma longa sequência de trinta e dois bilhões de pares de bases do genoma axolote.
"Em todas as coisas da natureza
existe algo maravilhoso."
- Aristóteles
- Aristóteles
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