30 Instrumentos usados na Magia


 Hoje eu irei apresentar os principais instrumentos usados na magia. É preciso frisar que alguns instrumentos possam ter um artigo só para eles, por isso podem ter sido deixados de fora. Além disso, alguns itens podem ter nomes diferentes de acordo com a tradição espiritualista, por exemplo, existe o japamala dos budistas mas também existe o terço dos cristãos.
 Dito isso, vamos conhecer algumas boas dezenas de instrumentos utilizados em práticas místicas!

 O boline é um instrumento associado ao elemento água, um tipo de punhal semelhante a uma foice com um cabo feito de pedra branca, madeira ou osso. Esse instrumento é utilizado tradicionalmente na colheita de ervas, gravetos, frutas e demais ingredientes naturais utilizados em rituais. De forma alternativa, o boline também pode ser usado para marcar símbolos e palavras em outros instrumentos e entalhar velas; ou também para cortar uma intenção em um ritual para que esta não se torne algo físico.
 O boline é conhecido entre os bruxos galeses como ‘kerfan’, e é sempre descrito como tendo sua lâmina cortante no formato de uma meia-lua, sendo utilizado em rituais de bruxaria em geral, como a Wicca Eclética. Por mais que o seu uso seja influenciado em várias tarefas mundanas onde o corte se faz necessário (como na culinária), não é recomendado portar um boline em rituais de danças ou quaisquer outras atividades que possam gerar riscos aos outros.
 O formato de meia-lua é considerado uma reminiscência da foice descrita na Chave de Salomão, mas há também um modelo cuja aparência se assemelha a uma âncora, usada para corte em superfícies como mesas e tábuas.
 Não se sabe claramente quando o nome 'boline' foi mencionado pela primeira vez para descrever o instrumento, mas o nome é referenciado em 1911 na obra Livro da Magia Cerimonial, de Arthur Edward Waite.

 O bastão atlante, também conhecido como bastão cromático, bastão de energia, bastão de poder ou simplesmente dorge, é um instrumento composto por um tubo oco metálico com um cristal em uma das extremidades e uma bola de cristal, pena, símbolo de poder ou ponta de cristal na outra extremidade.
 Sua invenção é atribuída ao povo Atlante, da ilha de Atlântida, que também inventaram o anel atlante. Eles foram grandes sábios da utilização de energias, principalmente a espiritual, e dos cristais. Os bastões atlantes foram na verdade entregues aos Atlantes pelos Lemurianos, uma antiga raça que faz parte das raízes que originaram nós humanos. Os Lemurianos deram o nome de “dorje” ou “laser” aos bastões, e foram vistos em diversos lugares ao redor do mundo, passando pelas mãos dos hindus, dos egípcios, dos tibetanos, dos babilônios e dos druidas
 O seu uso é feito utilizando da mentalização e visualização, onde se mentaliza um pensamento benigno que, através da visualização, é projetada como um jato de luz saindo pelo cristal cuja ponta é direcionada a um indivíduo. O pensamento mentalizado cria campos de força em partículas que são transmitidas pelo bastão no intuito de focá-los na realização de um objetivo.
 O Bastão Atlante ainda ajuda a energizar e equilibrar os Centros de Força, ou chakras, assim como energizar áreas de enfermidade, auxiliar em cirurgias energéticas ou vibracionais, recuperar ou eliminar células doentes, complementar procedimentos ortopédicos, veterinários e botânicos e harmonizar o comportamento dos Corpos Sutis.
 O seu funcionamento é baseado na teoria de que o pensamento é composto por partículas chamadas "psions", ou seja, partículas subatômicas não detectáveis pelos aparelhos convencionais. O tubo que compõe o dorge funciona como um acumulador de energias, sendo estas a energia telúrica (da terra), cósmica (do cosmos) e do pensamento do próprio magista (usado apenas para direcioná-las as energias.
 O revestimento de cobre funciona como um isolante para que essa energia não escape do bastão. Já o cristal funciona como um transdutor que vai moldar essas energias de acordo com a vontade do magista, operando como um foco para a transmissão dessas partículas de pensamento.
 Ao segurar o bastão atlante, é possível que o magista sinta um formigamento nas mãos devido a passagem de energia, sendo mais intenso em quem já trabalhou com esse tipo de aparelho em outras vidas, dando uma sensação de familiaridade. Ele irradia energia em todas as direções de forma passiva mesmo quando não está sendo usado. O pensamento transforma a irradiação passiva do aparelho numa transmissão de energia ativa, cuja intensidade é determinada por uma combinação dos pensamentos amplificados pelas emoções do magista.
 Por conta do suprimento de energia ser ilimitado, o magista não deve apresentar desgaste físico, mental ou emocional. A distância entre o magista e a pessoa que receberá a energia canalizada pelo dorge também não é um empecilho.
 O bastão atlante pode ser utilizado na botânica, energizando as sementes para obter um maior e melhor desenvolvimento da planta; na veterinária, para curar animais; na ortopedia, para auxiliar nas operações, na medicina, através da realização da profilaxia energética, ou seja, a energização dos chakras e da aura, na recuperação de células mortas ou danificadas; na cromoterapia, para potencializar os efeitos da canalização e adquirir um resultado eficiente; na acupuntura, utilizando-o nos mesmos pontos onde são postas as agulhas; na psicologia, para promover o equilíbrio energético, a dissolução de formas-pensamento obsessoras e a imposição de um padrão vibratório adequado, resultando no tratamento de doenças psicossomáticas; na radiônica, quando a aplicação de remédios gera efeitos colaterais são intoleráveis.
 No campo espiritual, o dorge atua na destruição de energias negativas e intrusas, desenvolve a intuição, auxilia nas meditações e promove a liberação da Kundalini através da energização da água.

 O espelho negro, também conhecido como Espelho de Claude, é um dos instrumentos mais tradicionais na arte da necromancia, ou seja, a arte sensitiva de se comunicar com os mortos. Seu nome alternativo faz referência ao artista Claude Lorrain. O espelho negro geralmente é feito de obsidiana e tem como propriedades a remoção de energias negativas de um lugar, o banimento de vampiros e larvas astrais e a intensificação da sensitividade e clarividência no objetivo de acessar portais para outros planos.
 Na magia, a arte divinatória dos espelhos é chamada Catoptromancia, skrying (termo que se originou da palavra inglesa ‘descry’, que significa “avistar”) ou escriação. Inclusive, um bruxo chamado Cecil Williamson advertiu uma vez que caso alguém olhasse para um espelho negro e visse alguém atrás de si que nunca, em hipótese alguma, se vire.
 O Espelho Negro é um dos instrumentos capazes de revelar o que se esconde por trás do véu que cobre outros mundos, abrir os portões para o reino dos anjos, ver o futuro, descobrir vidas passadas, além de ver locais distantes.

 O japamala é um cordão sagrado cujo nome significa “cordão dos sussurros”. É semelhante ao terço utilizado pelos cristãos, sendo um cordão com 108 bolinhas chamadas “contas” ou "divisores". O japamala possui um ponto de início e fim, que é chamado de “meru”, e é geralmente utilizado como auxílio para aqueles que gostam de recitar mantras e também para trazer o foco, fazer magias de proteção ou lançar encantamentos que utilizem de repetições de palavras.
 Este instrumento antigo é usado para ajudar nas orações e mentalizações como marcador, e assim as energias espirituais invocadas ("japa") energizam o corpo ("mala"). Ao completar o circuito de 108 repetições da oração (ou mantra), é possível alcançar um estágio superior da consciência chamado de transcendental, ajudando a acalmar, centrar, curar e colaborar na evolução espiritual do magista. Segundo as linhagens das tradições hindu e budista, o número 108 possui uma propriedade auspiciosa, auxiliando no alcance de graus elevados da mente.

 Os cúrios são elementos encontrados na natureza que são muito usados na tradição Hudu. Ervas, flores, raízes, galhos, pedras, cristais, folhas, restos de animais, são alguns dos cúrios mais comuns usados. Acredita-se que cada um destes componentes foi marcado pelos deuses com uma assinatura divina específica.
 O nome ‘cúrio’ vem de “curiosidade”, partes de pontos da natureza que possuem uma energia específica. Conchas fazem parte de áreas praianas, possuindo uma energia aquática de mudança e fluidez; enquanto as ervas fazem parte da flora local, possuindo uma energia telúrica de realização e consistência.
 É possível, através de uma observação cuidadosa, determinar a utilização de uma planta pela forma das raízes e das folhas, pela sua cor, pelo local de cultivo, e até mesmo pelo seu nome.

 Os pós mágicos são uma das mais antigas formas de magia, estando presentes em todas as culturas. Eles podem ser usados para untar velas, soprar sortilégios ou até mesmo polvilhando-os sobre algum instrumento mágico.
 Os pós mágicos são melhor classificados como componentes mágicos, ao invés de instrumento. São usados de acordo com a necessidade do ocultista, podendo ser compostos pelos mais variados elementos (de origem animal, vegetal ou mineral), contanto que possam ser reduzidos ao pó.
 A produção de pós mágicos é feita com base nas propriedades dos ingredientes e em função do objetivo que se deseja alcançar.

 O buril é um instrumento usado na criação de gravuras em metal ou madeira. Ele é usado por muitos magistas para marcar símbolos, nomes sagrados, números e runas em punhais, espadas, sinos de latão, joalheria metálica, entre muitos outros.
 O buril é um instrumento de aço com ponta cortante em “V”.

 O turíbulo é um instrumento mágico que serve como um recipiente em que o incenso é posto para queimar em segurança. Trata-se de um tipo de incensário utilizado para realizar defumações em templos e moradias, sendo um item que representa, no esoterismo, o elemento ar.
 O turíbulo é geralmente encontrado na forma de um pequeno vaso de metal coberto por uma tampa com pequenos buracos que servem para deixar a fumaça sair. Originalmente, os turíbulos eram confeccionados em cobre, sendo datados do século XIII. Eles são compostos por duas partes: O vaso, onde são colocadas as brasas e o incenso, e o opérculo, a dita tampa com orifícios de onde se escoam os fumos do incenso.
 A naveta é um recipiente em forma de navio usado para guardar os grãos do incenso que é queimado nas celebrações. A defumação é conduzida nas procissões por um acólito ou coroinha denominado naveteiro ou naviculário. A naveta é sempre acompanhada por uma pequena colher, que serve para deitar o incenso sobre as brasas acesas.

 O sal preto é um componente mágico ligado ao elemento terra, sendo muito potente em magias de purificação, sendo útil em banimento e afastamento de energias negativas.
 O sal preto pode ser usado para proteger a casa e e o jardim, para isso é recomendado por um punhado do sal nos cantos dos cômodos da casa. O sal preto ainda repele entidades astrais e remover feitiços lançados contra você.

 O saco mojo é um pequeno saco de flanela ou couro de aproximadamente oito centímetros de largura e uns dez centímetros de comprimento e uma longa alça. O saco mojo é usado para carregar pequenos itens e componentes mágicos, se tornando assim um amuleto que atrai ou dispersa certas influências.

 O oráculo é um sistema divinatório que existe desde os primórdios da humanidade, sendo apresentado de diferentes maneiras e em numerosas variações de acordo com a cultura e crença onde se fazia utilizável. Um magista utiliza um oráculo para buscar conselhos e previsões sobre seu futuro.

 A colher de pau é um ótimo instrumento mágico utilizado na culinária esotérica. Ela é usada para impregnar os alimentos com a energia que o magista canaliza nela. É recomendado utilizar uma colher de pau nova, passá-la nove vezes por uma chama, mergulhá-la em água e, por fim, jogar três pitadas de sal sobre ela.

 A chave é um instrumento mágico que significa solução, sorte e abertura, além de simbolizar a mudança, a passagem para o outro lado, descobertas e revelações. A chave pode ser usada como talismã ou amuleto que abre portas para o amor, a riqueza e a saúde.
 Enterrar uma chave com os falecidos abre a porta para a vida após a morte, enquanto pendurá-la na parede pode trazer a sorte. Antigamente, as parteiras judias costumavam colocar uma chave na mão de mulheres prestes a dar à luz para facilitar um parto tranquilo.
 Porém, colocar chaves acima da mesa é considerado um mau agouro. Frequentemente as chaves são usadas em rituais para permitir o acesso a outros reinos e planos no intuito de buscar orientação com entidade superiores.

 A varinha é um instrumento mágico ligado ao elemento ar, sendo tradicionalmente confeccionada pelo próprio magista à partir de um galho retirado de uma árvore. A importância de se fazer sua própria varinha está no processo de impregnação da energia do usuário na madeira, mentalizando e realizando exercícios de visualização com ela.
 Quanto mais o magista utilizar sua varinha, mais poderosa será a ligação entre eles. O ideal é que o comprimento da varinha não ultrapasse o antebraço de seu dono, podendo orná-la com cristais, colocar um pequeno cone em sua ponta ou um quarto crescente lunar.
 A varinha é um canalizador de energia, e através dela é possível congregar e direcionar as forças astrais, semelhante ao athame. Enquanto o athame é um símbolo de proteção e força por ser uma arma, a varinha é um símbolo de status que mostra que o magista tem o poder de direcionar sua vontade e comungar com os planos superiores.
 Além da madeira, a varinha também pode ser feita de metal ou rocha, porém, é preciso lembrar que este é um instrumento usado para invocar certos espíritos com os quais não seria possível usar o athame por conta dessas entidades temerem o ferro e o aço.

 O cajado é um instrumento mágico ligado ao elemento terra e seu comprimento não deve ultrapassar o ombro do magista. É um símbolo de conhecimento e é frequentemente utilizado para evocar elementais e entidades, além de poder ser usado para desenhar o círculo mágico e representar um mago experiente.
 Cajados podem ser ornados com cristais ou símbolos incrustados, sendo geralmente feitos de madeira, prata ou cristal.

 As poções são combinações de ingredientes que, quando misturados, criam uma substância com propriedades especiais que podem ser usadas para diversos propósitos, como cura, amor, proteção ou atração de energias específicas.
 As poções são capazes de conectar o mundo material com o espiritual, representando a busca por influenciar o mundo invisível por meio de elementos tangíveis.
 Na Idade Média, os alquimistas utilizavam cálices e outros recipientes para misturar ingredientes mágicos e criar poções poderosas que tinham o poder de transformar a realidade e influenciar eventos.
 Além disso, as poções são criadas para canalizar energia e intenção no intuito de alterar o curso de acontecimentos ou afetar a vida do magista ou de outras pessoas. Sua confecção é feita através da combinação de ervas, minerais e líquidos que carregam uma energia específica ligada a forças naturais.
 A preparação de uma poção envolve a intenção consciente durante o ato de misturar os ingredientes, sendo um ritual que concentra a mente e a energia na intenção desejada.

 O sino é um instrumento ligado ao elemento ar, sendo frequentemente usado ao concluir um ritual ou feitiço e para marcar o lançamento do círculo mágico. O mesmo efeito pode ser gerado ao bater levemente o athame na lateral de um cálice de metal.
 O tilintar do sino também pode ser usado para chamar os espíritos para mais perto do magista no intuito de operar feitiços e rituais, especialmente no Samhain, sendo as fadas os principais espíritos atraídos pelo som agradável do sino.

 O tambor é um instrumento sagrado ligado ao elemento terra, cujo som é usado para convocar espíritos e entidades divinas, tendo o poder de atrair energias positivas e afastar as negativas.
 Este instrumento também é muito usado em rituais de cura física e espiritual, nas danças em agradecimento às caças que alimentam e na preparação para festividades, desempenhando um papel importante em muitas culturas, principalmente indígenas.
 Através do batuque, o magista pode expressar sua criatividade artística, se conectar com suas emoções e transmitir mensagens por meio do som, este que é capaz de levar a estados alterados de consciência, nos quais o magista se sente imerso num sentimento de unidade e transcendência, podendo ter visões, revelações, êxtase espiritual e insights profundos sobre a natureza da realidade.
 O tambor pode ajudar a transcender as limitações do ego e experimentar uma união com o sagrado, sendo um ótimo instrumento para que deseja entrar em estados meditativos, conectar-se com energias superiores e acessar a realidade transcendental.

 A espada é um instrumento mágico ligado ao elemento fogo e ao ar, representando o homem divino assim como o athame e possuindo um enorme poder que atrai os espíritos guerreiros e competitivos. Esse instrumento é utilizado no redirecionamento de energia, mas também possui uma função protetora contra ataques psíquicos ou físicos, inclusive a inveja de terceiros.
 A espada é um instrumento que apenas deve ser portado por pessoas com um espírito combativo, podendo ser usado para lançar ataques ou mandar de volta para o lançador um feitiço lançado no magista.
 Só se deve desembainhar uma espada quando for utilizá-la em operações arcanas, e depois guardá-la sem permitir que mãos profanas a toquem. Ao consagrar uma espada, é importante envolvê-la em um pano amarelo ou dourado com algum perfume do Sol por sete dias e depois realocá-la em um lugar escondidos dos outros.
 O cabo da espada deve ser feita de um material isolante, como a madeira, e seu formato deve ser de cruz, mas pode ser encontrada em outros modelos. Já o comprimento ideal é o que permite ao magista tocar a espada no chão sem se curvar, pois espíritos guerreiros são imponentes e sempre mantém o corpo ereto ao utilizá-la.
 A espada ainda pode ser usada para dispersar e dissolver energias negativas acumuladas em um determinado lugar. Com o passar do tempo, sua presença será vista até mesmo no plano astral quando você estiver lá, mesmo que não a tenha nas mãos no plano físico.
 Geralmente, a espada é usada apenas em grupos e não por magistas solitários, mas não é uma regra. Muitas vezes, ela é usada apenas pelo Sumo Sacerdote ou Alta Sacerdotisa, dependendo do ritual e quem o está executando. A espada representa a vontade coletiva de um coven e a tarefa a ser realizada.

 A tiara simboliza as deusas e rainhas, sendo geralmente utilizada na magia pelas sacerdotisas de um coven. Nas mulheres, geralmente a tiara é feita com fitas prateadas com uma lua crescente com as pontas para cima no centro, podendo também ser usada nos braços.
 Algumas tiaras possuem a forma de um cordão, como as utilizadas pelas encantadoras dançarinas do ventre, com um cristal que recai sobre o terceiro olho, o que permite o aumento da vidência e da proteção, dependendo da pedra a e da intenção.
 Em algumas tradições místicas, a tiara é vista como um símbolo da mulher divina e do poder feminino, representando a força, a intuição, a criatividade e outras qualidades associadas à feminilidade divina.
 Assim como a coroa, a tiara pode ser usada para proteção mágica e para canalizar energias durante práticas espirituais e rituais, servindo como um escudo contra influências negativas e como um meio de concentrar e direcionar as energias sutis.
 A tiara pode ser concedida como um símbolo de iniciação espiritual ou de status elevado dentro de uma comunidade espiritual, podendo representar a autoridade espiritual, a sabedoria e a realização de estágios específicos de desenvolvimento interior.

 A coroa simboliza os deuses e reis, sendo muito utilizada pelos sacerdotes de um coven. Nos homens, a fita da coroa deve ser dourada com um sol em seu centro, simbolizado por um círculo simples ou com raios.
 Este adereço é frequentemente associado à realeza e à autoridade, sendo historicamente usado por monarcas como símbolos de seu poder e posição social. No misticismo, a coroa representa o domínio do homem sobre si mesmo, sobre os outros ou sobre os reinos espirituais.
 Além disso, em algumas tradições a coroa é vista como um símbolo de conexão com o divino ou com o Eu superior, e representa a iluminação espiritual e a ascensão para estados superiores de consciência.
 A coroa pode ser usada como parte de rituais de proteção ou para delinear um círculo mágico, atuando como uma barreira ou escudo contra energias negativas ou indesejadas, além de concentrar e canalizar as energias mágicas durante o trabalho ritualístico.
 Algumas coroas são projetadas com símbolos específicos que representam aspectos divinos ou arquétipos universais, portanto, usá-las pode ajudar o magista a integrar esses aspectos em si mesmo, buscando equilíbrio e harmonia.
 A coroa também pode ser concedida como um símbolo de status espiritual ou de realização de determinados estágios de desenvolvimento interior.
 Dependendo do contexto espiritual e simbólico em que é utilizada, a coroa pode estar associada a energias solares, lunares, celestiais, terrestres ou cósmicas.

 O cálice, ou taça, é um instrumento ligado ao elemento água, representando o útero da mulher divina e podendo ser usado no lugar do caldeirão. Ele serve para portar a água ou o vinho durante os rituais, sendo muito utilizado para a vidência.
 A água é um elemento ligado à intuição, emoções, cura, fluidez e fluxo, portanto, pode-se utilizar o cálice em rituais que envolvem essas energias.
 Sua ligação com o aspecto da mulher divina (ou Deusa) simboliza fertilidade, nutrição, receptividade e o útero da vida, sendo muito utilizado em rituais que honram a energia feminina e a conexão sagrada deste aspecto com a Terra.
 Na tradição cristã, o Cálice Sagrado, também conhecido como Santo Graal, é o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia, sendo frequentemente associado a símbolos de busca espiritual, iluminação,  renovação e a jornada em direção à autoconsciência.
 Já na alquimia, o cálice é representado como o recipiente que contém o elixir da vida ou a sbstância primordial da criação, sendo usado em rituais alquímicos para simbolizar a transformação espiritual e a busca pela realização espiritual.
 Além disso, em algumas tradições o cálice é visto como um símbolo da união harmoniosa entre o masculino e feminino, céu e terra, espírito e matéria.

 As vestimentas devem sempre estar limpas de toda energia externa que possa poluir o local de operação, exigindo uma consagração que, por vezes, requer que o magista esteja nu neste processo, mas não é uma regra já que nem todos os praticantes de magia se sentem confortáveis com isso e o desconforto atrapalha a operação mágica.
 O ideal é ter uma ou várias roupas específicas para cada ritual ou meramente reservar uma muda de roupas para uma finalidade com setes dias de antecedência. As roupas para os homens tratam-se de uma calça e uma blusa cobertas por um túnica de mangas largas com um cordão dourado na cintura. Já as roupas para as mulheres incluem vestidos de quaisquer estilos, mas que permitam uma ligação da mulher com as antigas tradições.
 Os mantos sagrados são utilizados para meditação e rituais de purificação e consagração, bordadas em suas costas o Selo de Salomão (Estrela de Seis Pontas), onde o triângulo superior é bordado em azul e o inferior em vermelho.

 A vela é um instrumento mágico ligado ao elemento fogo, sendo através de sua chama que um ritual particular e ao mesmo tempo universal é criado, gerando um elo com o oculto que permite alcançar diversos níveis de consciência.
 As velas ajudam a harmonizar e relaxar, purificando o ambiente e o corpo físico, mental e espiritual, além de restabelecer a saúde nestes três campos vitais. A cromoterapia e os poderes da vela auxiliam na conexão com forças superiores durante os rituais.
 As essências, os dias e as divindades ligadas a cada vela exerce um grande poder no mundo místico, sendo usados para representar os deuses, marcas os cantos do círculo mágico, operar magias diretamente e fornecer iluminação ambiente para um ritual.
 Ma ,agia tradicional, são utilizados candelabros lisos feitos de barro, estanho, zinco, bronze, prata ou cristal. Na falta de um, pode-se utilizar um mero pires, porém, consagrado antes do uso. Se o magista escolher usar um lampião, é importante que o vidro seja de cor amarelo alaranjado e funcione com azeite de oliveira, funcionando diversas horas e apenas em operações ao ar livre.

 Os cristais são componentes mágicos ligados ao elemento terra, sendo vistos no esoterismo como seres vivos e conscientes ricos de poder. Antigamente, os cristais eram praticamente toda a fonte de energia de Atlântida, e eram utilizados no ano 400 A.E.C. pelos hindus, sendo seus poderes redescobertos graças à Nova Era.
 É necessário ter diferentes cristais para a realização dos rituais e encantamentos, assim como saber sobre suas propriedades místicas. Além disso, é recomendado a limpeza periódica das pedras.
 Pode-se utilizar os cristais de acordo com o signo, podendo equilibrar as energias que estão em desarmonia ativando a característica do signo em questão.
 Nem sempre é recomendado a utilização da pedra do próprio signo, pois se o magista já está bem com aquela energia, ele corre o risco de sobrecarregá-la.

 As ervas são componentes mágicos ligados ao elemento terra, sendo extremamente importantes principalmente para quem mora em apartamento e não tem contato com a natureza. Cada erva possui uma propriedade mágica e medicinal, além de serem sagradas para determinadas divindades de diferentes panteões.
 A maioria das ervas presentes nos escritos sagrados não se encontra no Brasil, já que boa parte dessas obras vêm da Europa, mas ainda é possível substituir tais ervas por opções com propriedades mais próximas delas.
 É importante pedir permissão à planta ou árvore para poder retirar um galho, flor ou ramo, além de sempre deixar uma oferenda aos pés dela, como um pouco de leite, vinho, um pedaço de bolo, uma moeda de prata ou uma joia brilhante.

 O incenso é um instrumento mágico ligado ao elemento ar, sendo muito utilizado em meditações, oferendas aos deuses, rituais de limpeza e operações de banimentos. Alguns magistas acreditam que determinados aromas de incenso possam ter propriedades místicas ou medicinais.
 O ritual que envolve a queima de ervas sagradas ou resinas é chamado de defumação e é extremamente importante antes e depois de realizar operações mágicas, já que é preciso limpar o ambiente para receber os espíritos e depois de agradecê-los, mandá-los de volta de onde vieram.

 A vassoura, ou besom, é um instrumento mágico ligado ao elemento ar, sendo originalmente utilizada na limpeza e preparação do ambiente onde a operação mágica será realizada, varrendo o pó e as energias indesejadas do local. Essa prática é realizada desde o Antigo Egito pelos sacerdotes.
 Além disso, a besom também é utilizada em alguns rituais para representar uma porta, seja entre os dois mundos ou entre as fases da vida. Dessa forma, ela pode ser posta na fronteira do círculo mágico, criando um espaço temporário onde as pessoas de fora possam entrar no círculo, movendo-se simbolicamente de um mundo para outro.
 A vassoura ainda é usada em cerimônias de casamento entre magistas onde o casal salta sobre ela, mas também é usada nas danças sazonais da fertilidade como representação de um falo.


 O cinto, cíngulo ou singulum, é um adereço usado na cintura pelos magistas após a sua iniciação e durante as operações mágicas subsequentes. Geralmente, ele tem quase três metros de comprimento e é usado para medir a circunferência do círculo mágico para que ele possa ser configurado corretamente.
 Em muitas tradições, a cor do cíngulo do magista indica qual é o seu nível na magia, sendo o cíngulo de ouro simbolizando o sol e sendo usado pelo Sumo Sacerdote, enquanto o cíngulo de prata simboliza a lua e é usado pela Suma Sacerdotisa.
 Já entre os outros membros, o cíngulo verde indica um iniciado, o branco indica um iniciado em primeiro grau, o azul com um vermelho trançado em segundo grau e um branco e azul em terceiro.


 O altar é um espaço sagrado que serve como o centro do ritual e atua como uma área para a operação mágica. Este espaço é o local onde o magista guarda todas as suas ferramentas. Fazer um altar é declarar sua ligação com a magia e que os itens ali postos são sagrados para o usuário.
 Existem muitos tipos diferentes de altar, sendo alguns usados para oferendas, outros para meditação e outros para comungar com seres de outros planos.

 O athame, ou punhal, é um instrumento mágico ligado ao ar e ao fogo, sendo a simbolização do homem divino e da natureza masculina. Tradicionalmente, um magista precisa de dois punhais, podendo ser de cores diferentes, mas as mais comuns são a preta e a branca.
 O athame de cabo branco é utilizado fora do círculo mágico para cortar ervas, flores ou madeira, além de repelir energias. Este instrumento deve ter uma bainha só pode ser usada quando em operações mágicas.
 Já o athame de cabo preto é utilizado dentro do círculo mágico para absorver energias e direcioná-las, além de poder cortar uma intenção prejudicial em um determinado ritual.

 O caldeirão é um instrumento mágico ligado à água e simboliza o útero da mulher divina, um lugar de criação e de fartura. Em algumas tradições, é possível substituir o caldeirão pela cornucópia, pelo vaso, pela ânfora ou pelo cálice.
 É necessário que o caldeirão seja de ferro e tenha três pés de apoio, o tamanho não é importante. O caldeirão simboliza a fartura e a abundância, como uma fonte inesgotável de alimento e de um crescimento ilimitado. Segundo o I-Ching, o caldeirão é símbolo de felicidade e prosperidade.
 O magista pode usar seu caldeirão para vidência ou meramente para misturar água consagrada que é usada para abençoar o círculo mágico e os presentes no local.

 Os talismãs ressurgiram no século XVI por Theophrasto Paracelso, mas nasceram da Cabala e com influências das antigas ciências ocultas do Egito e da Caldéia. O nome 'talismã' é derivado de 'tsilmenaia' e significa uma imagem ou figura.
 Todo símbolo gravado e devidamente consagrado nos materiais e condições corretas tem o poder de realizar desejos de toda espécie, como saúde, amor, dinheiro e sucesso. Os talismãs ainda podem ser de qualquer tamanho e podem ser levados junto ao magista ou utilizados em encantamentos.
 Os talismãs planetários são muito úteis em praticamente todas as situações humanas, basta que o magista observe qual se aplica melhor ao seu caso.

 Os tomos arcanos, mais conhecidos como grimórios, são livros particulares de encantamentos e feitiços onde são registradas as experiências, visões e resultados de operações mágicas do seu portador para que assim ele possa acompanhar sua evolução na magia.
 Qualquer caderno velho ou novo pode ser usado como grimório, mas não é recomendado que seja escrito à lápis já que os riscos somem com o passar do tempo. Também é extremamente importante que o magista não permita que outras pessoas toquem em seu grimório e muito menos leia o que está escrito, pois se trata de seu espaço mágico e precioso, além de que outras pessoas podem ser afetadas pela energia impregnada no livro.
 Assim como todos os outros instrumentos mágicos, o grimório também deve ser consagrado e guardado em um pano virgem violeta com um perfume de âmbar, benjoim ou alfazema.
 Além de grimório, o nome mais famoso pela qual este tomo é chamado é Livro das Sombras, e deve conter tudo de mais importante para a realização de suas operações mágicas, como: tabela de correspondências, incensos, cristais, horas planetárias e rituais diversos.

"Quando começamos a ter consciência de que o mundo que nos cerca é ilusão
e que há muito mais verdades do que a visão superficial nos mostra,
podemos sentir mais claramente quando as forças ocultas estão agindo
e de que lado elas estão." - Eddie Van Feu

Fontes

Boline, disponível no site Loja Simbólika.
Boline, disponível no site Loja Wicca.
Boline, disponível no site Zots.
Boline, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Bastão de Cura (Bastão Atlante), disponível no site Cristal Magia.
Bastão Atlante, disponível no site Feng Shop.
Perscrutar, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Catoptromancia, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Japamala, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Wicca - Instrumentos Mágicos, escrito por Eddie Van Feu.
Pagan Tips: The Magical Tools Of Witchcraft, escrito por Luthaneal.
Magical Tools in Wicca, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Witch's Ladder, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Smudging, disponível no site Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
ChatGPT.

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