O Lado mais Sombrio do Twitter (X)

 Hoje, eu vim trazer um artigo que venho há muito tempo pensando se era prudente lançar na internet, visto que os alvos principais são pessoas que não medem esforços em acabar com a vida de quem fala delas. Porém, após assistir o vídeo "O Lado OBSCURO das Redes Sociais", do canal Stackz, percebi que havia muita coisa errada acontecendo pela internet e que ninguém com poder para dar fim a isso se põe contra essas bizarrices.

 Que já fique claro aqui que todo o material recolhido e o conhecimento sobre os tópicos apresentados veio inicialmente do Gustavo Pinheiro (Stackz), e também de vários outros usuários do X que denunciaram as mesmas atrocidades que ele e muitos outros ainda denunciam até hoje.

 DISCLAIMER: O conteúdo a seguir apresenta assuntos voltados à pedofilia, zoofilia, racismo e nazismo. Leia com cautela, pois não irei usar de eufemismos nem suavizar o texto para os leitores mais sensíveis. A ideia deste artigo é trazer a ciência do mal que é disperso na internet em suas várias camadas e em como fazer para identificar potenciais criminosos envolvidos nas atrocidades que percorrem a websfera.

 O X (Twitter) é uma plataforma que possibilita a pessoas do mundo inteiro compartilhar suas ideias, frustrações, opiniões e experiências. Há uma gama de comunidades estabelecidas nesta rede social, indo desde fanclubes de artistas, jogos, celebridades, políticos, livros, filmes e entre muitos outros.

 A maior problemática vista no X é, além do extremismo e perseguição política escancarados, a existência de usuários que usam a plataforma para compartilhar conteúdos de violência contra animais, crianças e pessoas de cor.

 Durante meu aprofundamento para elaboração deste artigo, me vi num meio onde cultivei o medo e o desconforto, tentando ao máximo mascarar o meu choque através de uma navegação no estilo "low profile" (sem conteúdos postados em minha conta para atrair outros usuários) e baseado no "ghosting" (pouco ou nenhuma interação com os usuários). Até porque, mais vale você observar tudo o que acontece ao redor e se fazer de desentendido, como se não soubesse o que acontece na "surf web", do que se posicionar ativamente contra um grupo de pessoas anormais, com uma mente distorcida e caráter duvidoso.

 Primeiramente, vamos falar sobre um termo conhecido como 'raceplay', cuja definição é a prática consensual de humilhação baseada na raça/etnia de uma pessoa, onde há uma erotização premeditada do racismo ou a recriação de cenas coloniais que remetam à escravidão.

 Essa é, na verdade, uma porta de entrada para a normalização do racismo com um viés puramente sexual. Por exemplo, eu cheguei a ver páginas de supremacia branca que postavam vídeos pornográficos que mostravam a submissão de homens e mulheres negros, latinos e asiáticos de diversas formas. Tudo isso, é claro, com o consenso da outra parte. É esse consenso que abre margem para o cultivo do ideal racista na mente do dominador, que apenas está pondo em prática seus pensamentos fetichistas sobre a raça do submisso.

 Por mais que o raceplay não seja visto pelos praticantes como racismo, foi a entrada nesta comunidade que me permitiu encontrar diversos usuários que se expunham com tatuagens de suástica, postagens pró-Trump e conteúdos de banalização do preconceito à cor.

'wp' significa "White Power"

 Porém, não cometam o erro de acreditar que este tipo de prática se limita aos brancos como dominadores, já que também há vários usuários árabes e muçulmanos que têm prazer em pôr em prática seus fetiches de raceplay com pessoas brancas, negras e asiáticas; da mesma forma como encontrei membros da comunidade negra que faziam o mesmo a pessoas brancas, árabes e asiáticas.

 Como vocês podem ver a seguir, esse não é um assunto isolado, quem quiser encontrar essas contas, façam com vontade e encontrarão, não é difícil e eles só se escondem ao privar suas contas, mas algumas são até mesmo abertas sem nenhuma preocupação.

 Agora, vamos descer mais uma camada deste iceberg que é o X, e adentrar a camada onde habitam os pedófilos, entender como eles se comunicam entre e si e quais são as formas encontradas para identificar essas pessoas.

 A pedofilia (atração sexual por menores de idade) é um crime no Brasil e em boa parte do mundo. Por isso, essas pessoas que não podem cometer o ato em si, muitas vezes acabam recorrendo ao compartilhamento de vídeos pornográficos envolvendo crianças.

 Muitos dos que combatem isso são aqueles inseridos em comunidades de kpop, que flodam a plataforma com fancams de seus artistas favoritos usando as hashtags que os pedófilos utilizam para encontrar conteúdos de pornografia infantil. Isso faz com que eles se frustrem ao dar de cara não com um monte de crianças em situações de vulnerabilidade, mas sim de dançarinos e cantores de outra parte do mundo.

 Essa prática dos kpoppers foi vista em outras plataformas que promovem a socialização entre crianças, como o Amino e o Project Z. Plataformas estas que já foram denunciadas por vários criadores de conteúdo como sendo um antro de predadores sexuais que se passam por crianças para adentrar as principais comunidades em que elas se inserem, para assim ficar à espreita esperando o momento certo e a vítima certa para induzi-la a conversar sobre assuntos "picantes", até chegar a hora de trocar fotos e acabar parando no HD de algum maluco.

 O Discord também é uma plataforma muito usadas pelos predadores, inclusive menores de idade, que instigam outros jovens a compartilhar fotos de nudez e as utilizam contra as vítimas para induzi-las a se humilharem e até se automutilarem como se se tornassem uma propriedade do criminoso.

 Vimos isso em detalhes no caso dos Paneleiros do Discord, grupos de jovens com habilidades relativamente notáveis em computação e que utilizavam (e ainda utilizam) seus conhecimentos para aliciar menores de idade a entrarem em seus grupos para cometer atrocidades dos mais diversos tipos.

 Foi graças aos Justiceiros do YouTube, criadores de conteúdo que passaram a caçar pedófilos e expô-los em seus canais, que essa guerra contra a pedofilia e plataformas que facilitam (sem nenhuma  supervisão) o compartilhamento de conteúdos nocivos para crianças, começou.

 Youtubers como Diggo, Neon, Mistério e entre muitos outros, foram os principais responsáveis por trazer à luz os vários casos de pedofilia que se "escondem" pela internet. E como eles se escondem? Utilizando o anonimato de redes sociais como o Telegram para compartilhar pornografia infantil. E como eles se identificam nas redes? Utilizando os símbolos abaixo em suas fotos de perfil, capas e bios.


 Vamos analisar cada símbolo individualmente.

 Na primeira imagem, vemos um usuário cuja foto de perfil é um jogador de futebol americano com o número '94'. Essa imagem é, nada mais nada menos, do que uma foto de Matthew Estes, um dos pedófilos mais perigosos que já existiu nos EUA. Esse cara "simplesmente" foi preso em 2015 por ter estuprado o próprio irmão dezenas de vezes enquanto se gravava cometendo os atos. Os vídeos passaram a circular pela internet, fazendo com que ele se tornasse um ícone para os pedófilos do Twitter, da mesma forma como Elliot Roger se tornou um ícone para a comunidade incel ao matar mulheres pelo seu ódio a elas.


 Desde então, o número 94 passou a ser um símbolo de identificação entre os pedófilos, já que era o exato número que Matthew Estes carregava em seu uniforme. Não obstante, o emoji da bola de futebol americano também se tornou um símbolo para os predadores se identificarem, perdendo seu sentido original devido os erros desse criminoso.

 A próxima imagem mostra uma foto de perfil com um desenho de espiral, este que também é um símbolo adotado pelos pedófilos do Twitter para se identificarem em meio aos usuários. Além deste, também há (agora olhando a terceira imagem) o triângulo espiralado.

 Num grupo do Facebook sobre Geometria Sagrada, o estudo das formas geométricas e sua utilização e aplicação na criação de padrões complexos e de significado esotérico, eu descobri que o tipo de triângulo espiralado usado pelos pedófilos para se identificarem é a versão em cor azul que forma um triângulo dentro de um triângulo (só que como uma espiral), e recebe o nome de 'Boy Lover symbol' ou "símbolo para amantes de garotos".

 Acontece que esse símbolo, assim como ocorreu com a suástica budista, foi tirada do sistema Vastu Shastra (em sânscrito, "ciência da arquitetura), que trabalha com o design e arquitetura da Índia Antiga, e é usado para harmonizar e balancear a energia que flui entre os espaços sociais e de trabalho. Ou seja, o Vastu Shastra é uma espécie de "Feng Shui budista" baseado nos princípios dos cinco elementos, utilização de geometria, simetria e alinhamentos das direções cardinais para integrar a arquitetura e a natureza com as energias cósmicas. É importante frisar que esses símbolos só receberam o significado podre atual devido o advento da internet, onde (assim como na vida real) essas pessoas tiveram que usar de códigos internos da sua estirpe para se comunicarem e se identificarem na web.

 Como podem ver, o símbolo do triângulo espiralado corresponde à direção sudeste do espaço onde se quer realizar a limpeza de energias. É nesta área do cômodo onde localizam os problemas financeiros, a má saúde das mulheres no local e o cultivo de maus hábitos.

 Enfim, fora esses símbolos, podemos ver que o emoji da pizza também é usado para eles se identificarem pelo X. É óbvio que, pelas imagens anteriores, há muitos outros símbolos usados para reconhecer pedófilos por aí, mas é importante também falar do linguajar que eles utilizam um com o outro.

 Na maioria das vezes, esses criminosos postam tweets com poucas palavras, como por exemplo: "trade videos" ("troco vídeos"), "telegram trade videos" ("troco vídeos no telegram"), "caldo de pollo" ("caldo de galinha"), "trade cp" ("troco cp"), etc.

 Fora isso, os pedófilos ainda possuem sua própria bandeira, como se quisessem forçar um espaço na comunidade LGBT. A bandeira deles é um gradiente que vai do azul mais escuro ao mais claro, perpassa um tom de amarelo, seguido por branco, amarelo e um gradiente que vai do rosa mais claro ao mais escuro. Obviamente, o uso das cores se referem a meninos (azul) e meninas (rosa). Talvez o amarelo e branco sejam em referência à fralda (branco) e urina (amarelo), duas palavras que combinam bastante com bebês, ou seja, vítimas ainda mais jovens do que as crianças comuns (o irmão de Mathhew Estes era um bebê na época dos abusos).

 Ainda que a internet se una, em partes, quando bate de frente com esses tipos de pessoas (passando a compartilhar meios de identificarem esses criminosos e até atualizações sobre investigações acerca de seus membros), a luta se torna cansativa quando as próprias legislações de certos países acabam permitindo a posse de conteúdos de índole tão repulsiva.

 Falando agora em relação aos animais, existem uma quantidade razoável de páginas abertas no X e que mostram gravações mostrando explicitamente as partes íntimas de cachorros e cavalos, além de ainda exporem pessoas reais em relações sexuais com animais de estimação.
 A zoofilia (atração sexual por animais) é uma das parafilias mais bizarras deste artigo, mas se já chegamos até aqui, então vamos mergulhar na merda logo.
Os emojis que representam os zoófilos primeiramente são os que remetem aos animais que eles abusam (emojis de gato, cachorro, galinha, cavalo, etc). Em seguida, temos o batom que é um emoji que se refere ao órgão sexual masculino do cachorro.


 O principal símbolo usado por zoófilos na internet é o Zeta (ζ), a letra 'Z' do alfabeto grego, para remeter à letra 'Z' na palavra "Zoofilia". Existem algumas diferenças entre zoófilos, furries, therians, interespécies, transanimais e otherskins. A única semelhança entre os termos é que se referem a pessoas cujas existências não seriam notadas caso sumissem de repente do mundo (por razões óbvias).
 Por via das dúvidas, as definições para estes termos são:
• Zoófilo é a pessoa que satisfaz seus desejos sexuais com animais.
• Furry é a pessoa que se interessa por personagens antropomórficos (híbrido de humano e animal).
• Therian é a pessoa que se sente tão conectado a um animal que emula seus comportamentos.
• Transespécie é a pessoa que se identifica como um animal e tenta se parecer com ele.
• Transanimal é a pessoa que aplica arquétipos da animalidade para aprimorar seus atributos.
• Otherskin é a pessoa que acredita ser um animal preso num corpo humano.


 Além de tudo de ruim que eu já falei neste artigo, ainda temos que lidar com os fãs de atiradores em massa, pessoas desequilibradas que escolheram sair numa bela manhã e brincar de Deus, escolhendo quem vivia e quem morria, trazendo a ruína das próprias famílias e a de tantas outras.


 Como podem ver, não são poucos os usuários que fazem parte da True Crime Community (TCC), essa  é uma comunidade voltada a entusiastas e simpatizantes da Psicologia Forense, uma disciplina que tem como objetivo mostrar casos criminais reais para entender a mente dos criminosos, criar padrões e facilitar a identificação de possíveis semelhantes.
 Porém, os usuários acima não realizam estudos em cima dos casos, mas sim endeusam os envolvidos e romantizam suas ações criminosas, em sua maioria por conta da aparência do criminoso.
 Exemplos clássicos são Dylan e Eric, os assassinos do Massacre de Columbine, cujos fãs usam nicknames que os referenciam, como: Natural Selection, REB, VODKA, e entre outros.



 Além desses bizarrinhos aí, os malucos do Massacre de Suzano (SP) também são muito romantizados. As pessoas simplesmente acham os assassinos atraentes e esquecem toda a brutalidade e sanguinolência de suas ações. Aparentemente, na mente dessas pessoas, receber uma bala na cabeça não é tão ruim, se vindo de um homem bonito.



 Talvez vocês fiquem chocados se eu dissesse que tudo o que eu mostrei até agora representam apenas 1% do tanto de doideira que é perpetuado na plataforma, desde venda de entorpecentes e remédios sem prescrição médica até compartilhamento de vídeos de morte explícita (gore) e páginas que enaltecem a prática do incesto, alimentando delírios doentios sobre relações consanguíneas.
 Por hoje, isso foi tudo o que consegui reunir sobre o lado mais sombrio do X, e agora vocês têm provas suficientes para perceberem que isso não é tudo loucura ou conspiração, são casos reais que estão acontecendo agora, neste exato momento.
 Vá agora na barra de busca do X e comente "cp gay trade", ou use palavras-chave como "morbo", "perv" e "no limits", e vocês verão instantaneamente um monte de pedófilos trocando conteúdos entre si, assim como também têm pessoas curiosas e (por incrível que pareça) crianças de verdade que se põem em situações de risco na internet e compartilham suas fotos íntimas com esses criminosos por falta de supervisão dos pais.
 Agora, é esperar que as autoridades do X, da internet e dos países onde a plataforma é vigente passem a atuar na caça e neutralização dos membros e usuários destas comunidades, para que finalmente possamos dizer que o Twitter é a rede social mais segura, transparente e saudável para uma criança estar (sendo que nenhuma rede social é, mas enfim).
 Caso tenham algum conhecimento a adicionar ao artigo, ou se simplesmente quiserem me contatar, não hesitem em me chamar através do meu e-mail delartiel@gmail.com. Muito obrigado por terem aguentado todos os parágrafos, e até a próxima.

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