A História do Monstro de Flatwoods

 Em 13 de setembro de 1952, por volta das 20:00 da noite, o casal George e Edith Snitowsky dirigiam com seu bebê por uma rota rural 20 milhas ao sul de Flatwoods, no oeste da Virginia, quando de repente o carro deles acabou morrendo. Esse foi o início de uma noite de pesadelo que começou com uma névoa sufocante e nociva e culminou em um encontro com um ser de 9 pés de altura que tinha um corpo bastante inchado e parecia flutuar numa massa sólida.
 Conforme essa criatura flutuava em direção ao veículo, George puxou Edith e o bebê para o chão do carro e usou seu corpo de escudo para protegê-los. A entidade alcançou a lataria e a tocou com seus dedos bifurcados semelhantes a garfos, e então se virou flutuando para longe até uma esfera cintilante em algum lugar próximo às árvores. Assim que a esfera se moveu para longe, a única evidência deixada sobre esse encontro foi a marca no carro, onde aquele ser tocou.
 Esse é apenas um dos vários relatos que emergiram na sociedade americana da década de 50, quando foi descoberto que uma criatura estava assolando a Virginia Ocidental. Essa é a história do Monstro de Flatwoods.

Caso 1: Kathleen May e Eugene Lemon

 Em 12 de setembro de 1952, às 19:15 da noite, cinco garotos brincavam no pátio de sua escola em Flatwoods. Tudo ia bem, até que um deles deu um grito de desespero que assustou todos os seus amigos, e apontou para o céu fazendo com que todos percebessem uma luz vermelha pulsante riscando o céu em direção à propriedade do fazendeiro local G. Bailey Fisher.
 Dois dos garotos, Ed May (de 13 anos) e seu irmão Freddie (de 12) correram pra casa com os seus amigos (Tommy Hyer, Neil Nunley e Ronnie Shaver) e contaram à mãe Kathleen May, o que haviam acabado de ver. A mulher então chamou um guarda nacional de 17 anos chamado Eugene Lemon, decidida a ir com os cinco jovens até a fazenda para investigar o ocorrido.
 Chegando numa área arborizada perto de um campo aberto, o grupo notou uma névoa estranha que se formava repentinamente, foi quando o guarda Lemon pensou ter visto um par de olhos brilhantes em uma árvore. Nesse momento, ele apontou uma lanterna e viu momentaneamente uma alta figura parecida com um homem, com um rosto redondo e vermelho, cercado por uma forma pontuda, semelhante a um capuz”, a criatura de 3 metros tinha garras pontudas e ainda parecia estar usando um vestido escuro de metal.

 Foi aí que a criatura emitiu um som sibilante e deslizou em direção ao grupo, fazendo com que Eugene gritasse de medo deixando a lanterna cair, essa foi a deixa pra que todo mundo saísse correndo dali o mais rápido que podiam.
 Aterrorizadas, as testemunhas imediatamente informaram a polícia sobre o que tinham visto, sem saber que elas não foram as únicas. O problema é que, quando os investigadores chegaram na fazenda, eles não encontraram nenhuma anormalidade, e é claro que eles desacreditaram de todos os envolvidos na história.
 Kathleen May descreveu a figura como tendo mãos pequenas na forma de garras, além de parecer vestir roupas com várias dobras, e ainda tinha uma cabeça que lembrava um ás de espadas. O grupo lembrou de ter sentido o cheiro da névoa pungente, que parecia um cheiro de enxofre, que mais tarde deixou todos enjoados.

 Kathleen May e Eugene Lemon deram entrevistas a repórteres compartilhando o seu encontro com o Monstro de Flatwoods em rede nacional, fazendo a história se espalhar por todo o país. Ainda assim, a polícia não havia encontrado evidências do ocorrido, e até mesmo a Força Aérea Americana concluiu que não havia nada de anormal no céu naquela noite.
 Desde 1952, não houveram mais avistamentos da criatura, o que confirma que realmente ela foi embora de vez, mas por que ela estava na Terra? E por que em Flatwoods? Bom, o máximo que podemos fazer hoje em dia é imortalizar a história deste ser.

Caso 2: Audra Harper

 Vários dias antes do caso de Kathleen e Eugene, uma mulher chamada Audra Harper que morava a cinco milhas ao norte de Flatwoods, caminhava pela floresta com os seus amigos quando o grupo avistou uma bola de fogo em uma colina, porém, eles ignoraram presumindo que era apenas um fazendeiro queimando uma pira, até que Harper retornou seu olhar para as chamas, de onde viu a silhueta escura de um humanoide extremamente alto emergindo do fogo.

Caso 3: George e Edith Snitowsky

 Não podemos esquecer o relato de George e Edith Snitowsky, que se lembravam de terem sentido um cheiro de enxofre e avistado uma luz brilhante se enchendo no céu, antes de darem de cara com o Monstro de Flatwoods. O casal ainda disse que a cabeça daquele ser era como a de um réptil, o que já nos ajuda a identificar a possível raça desse monstro. Além disso, ainda existe a afirmação de que, quando a criatura tocou o carro antes de ir embora, o veículo voltou a funcionar.

Obras Informativas Sobre a Criatura

 No documentário Small Twon Monsters, os dois irmãos que estavam no local são entrevistados, e disseram que o “monstro” em si estava mais próximo de uma máquina mesmo.
 Ou seja, essa coisa era algum tipo de criatura gigante biomecânica luminescente, diferente de qualquer outro alienígena antes visto. É dito que o cão de Kathleen que os acompanhou acabou morrendo por conta dos efeitos da “substância oleosa viscosa” que a entidade supostamente borrifou no grupo ao ser avistada.

Descrições do Monstro

 O escritor Gray Barker descreveu o Monstro de Flatwoods como tendo em torno de 3 metros de altura, um rosto redondo de cor vermelho-sangue, e ao redor do rosto havia um formato de capuz pontudo bem grande, os olhos emitiam uma luz laranja-esverdeada, e a criatura em si tinha um corpo preto ou esverdeado.

Conclusões do Caso

 50 anos depois, os investigadores do caso Kathleen May e Eugene Lemon sugeriram que a luz vista pelas crianças era apenas um meteoro, e que a criatura gigante era só uma coruja empoleirada numa árvore com sombras.
 Após a ida do grupo à delegacia, o xerife local e um delegado estavam investigando relatos de uma aeronave caída na área, e foram até lá voltando sem nenhuma notícia anormal sobre o lugar. De acordo com Baker, Lee Stwart Jr. do Braxton Democrat alegou ter descoberto “marcas de derrapagem” no campo e uma “substância estranha e pegajosa” (ectoplasma?), que posteriormente foi associado pelos ufólogos a evidências de um pouso de um disco voador, talvez o mesmo disco de onde o Monstro de Flatwoods desceu naquela noite.
 Em 2000, Joe Nickell do Comitê de Inquérito Cético concluiu que a luz vermelha pulsante avistada pelas crianças era provavelmente um farol de navegação ou de perigo de aeronave, e que as percepções das testemunhas sobre a criatura descrita estavam distorcidas por causa do estado elevado de ansiedade em que elas se encontravam.

 Além disso, existe um vídeo que evidencia a passagem de um meteoro que foi observado em três estados, incluindo Maryland, Pensilvânia e Virginia Ocidental. Fora que três faróis vermelhos piscantes de aeronaves também eram visíveis na área dos avistamentos.
 Até hoje, a única explicação racional dada pelos céticos sobre a criatura, é que ela era apenas uma coruja mesmo, eles nunca mudam essa versão. E ainda adicionam que a folhagem abaixo da suposta coruja pode ter sido responsável por criar a ilusão das partes inferiores do monstro, que era descrito como uma saia verde plissada, pra quem não sabe, “plissado” significa algo que têm dobras permanentes em todo o seu comprimento.

 Os pesquisadores usaram a descrição da Kathleen sobre as garras da criatura, pra afirmar que se tratava de apenas uma coruja com suas garras agarrando um galho de árvore.
 O cético Ryan Haupt acredita que a náusea relatada por algumas das testemunhas era um sintoma da histeria e esforço excessivo.

Como Flatwoods Reagiu à Isso?

 Por mais que ninguém quisesse dar de cara com um ser inumano de 3 metros de altura, as autoridade de Flatwoods abraçaram a história do monstro e ergueram uma placa de boas-vindas aos turistas, designando que a cidade agora era o Lar do Monstro Verde, o que ainda gerou um festival anual conhecido como Flatwoods Days, onde eles comemoram a lenda do Monstro de Flatwoods. Na cidade de Sutton, foi construído um museu dedicado à lenda, chamado Flatwoods Monster Museum.

Casos Parecidos

 Existem casos semelhantes ao do Monstro de Flatwoods que me deixou bastante intrigado.

  • Um exemplo é o Caso dos Goblins de Hopkinsville, onde durante a noite de 21 a 22 de agosto de 1955, cinco adultos e sete crianças alegaram ter visto pequenas criaturas alienígenas vindas de uma nave espacial, estavam atacando sua fazenda. Os adultos Elmer Sutton e Billy Ray Taylor, tiveram que atirar nas pequenas figuras por quase quatro horas para mantê-las afastadas. A semelhança desse caso com o do Monstro de Flatwoods, está no fato de que os céticos também viram essas pequenas criaturas como sendo apenas fenômenos naturais como meteoros e corujas, o que pra mim já tá batido né, vamos combinar. Ao todo, quatro policiais da cidade, cinco policiais estaduais, três xerifes adjuntos e quatro policiais militares do Exército dos Estados Unidos foram até a fazenda Sutton, porém, não encontraram nada além de buracos de tiros feitos pelos fazendeiros. De acordo com as descrições, as criaturas tinham em torde 61 a 122 centímetro de altura, grandes orelhas pontudas, mãos em forma de garras, olhos que brilhavam em amarelo e pernas finas.
  • Ok, até dá pra dizer que podem ter sido corujas nesse caso aqui em particular, porém, não podemos ignorar o fato de que existe de fato um homem-coruja, porém, ele agia mais pro ano de 1976, e ainda era lá no Reino Unido, e nós estamos falando dos Estados Unidos, por mais que — como um humano com metade pássaro — acredita-se que ele era capaz de voar e se deslocar de um país pra outro, mas enfim, a gente nem sabe se esses “homens alguma coisa” são capazes de se transformar por inteiro na criatura com quem eles compartilham seu hibridismo. Acontece que, em 3 de julho de 1976, duas meninas de 14 anos chamadas Sally Chapman e Barbara Perry, estavam acampando quando foram confrontadas por uma grande coruja com orelhas pontudas, tão grande quanto um homem, com olhos brilhantes e garras pretas em forma de pinça.
  • Outra caso parecido até mesmo com esse anterior do homem-coruja, foi o do homem-mariposa, que assolou a Virginia Ocidental entre os anos 1966 a 1967. Essa criatura foi descrita pela primeira vez por dois casais de Point Pleasant, Roger e Linda Scarberry e Steve e Mary Mallette, que afirmaram terem visto um homem esguio e musculoso, com cerca de dois metros de altura e asas brancas, porém, ela não conseguiu detalhar bem os olhos por conta de um suposto efeito hipnótico. Como eles estavam de carro, o grupo partiu em disparada pra fora dali, só que o bicho começou a voar atrás do carro e ainda fazia um som estridente, seguindo o grupo até os limites da cidade de Point Pleasant. Em 2017, houveram cerca de 55 avistamentos do homem-mariposa em Chicago, o que significa que esses seres ainda estão por aí, e são bons em se camuflarem nas sombras da noite.

Braxie e suas Referências

 A lenda de Braxie, que é como o Monstro de Flatwoods foi apelidado pelos habitantes locais, deu inspiração para muitos artistas que criaram obras incríveis tendo o monstro como ingrediente principal.

  • O jogo Fallout 76 contém referências à lenda do Monstro de Flatwoods, assim como o jogo Eerybody’s Golf 4.
  • Já na televisão, o segundo episódio da série Project Blue Book é baseado por inteiro no incidente de Flatwoods.
  • Enquanto no mundo dos animes, a obra Dandadan foi a responsável por tomar o Monstro de Flatwoods como antagonista em seu segundo episódio.


Fontes

Flatwoods Monster, via All That's Interesting.
Owlman, via Wikipédia.
Mothman, via Wikipédia
Spring Heeled Jack, via Wikipédia.
What are your thoughts on the flatwoods monster?, via Reddit.

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